segunda-feira, 24 de maio de 2010

Para ti Trovante...

Um dia pode durar uma eternidade.
Obrigada por teres cruzado o meu caminho.
Desculpa ter chegado tarde demais.
Encontramo-nos todos em breve...




Mara

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Trilho da Carvalheira de Abedim (1)

7km/Circular – Local: J.F. de Abedim
REDE DE PERCURSOS PEDESTRES DE MONÇÃO


Olá Amigos

Já há algum tempo que queríamos continuar a falar-vos de trilhos pedestres que temos vindo a percorrer, mas tal não tem sido possível.
Vamos hoje dar conta dum percurso pedestre deslumbrante:

O “Trilho da Carvalheira de Abedim”

É um percurso essencialmente de âmbito Ecológico e Paisagístico, inserido numa zona florestal, onde para além das povoações e suas gentes, cursos de águas cristalinas da Bacia Hidrográfica do Rio Gadanha e alguns monumentos, este trilho assenta predominantemente numa autóctone floresta deslumbrante de carvalhos alvarinho e negral. Situados nas alturas da montanha, envolvente aos bosques sobressai as aldeias de Gandrachão e Pereiro, perfeitamente encaixadas entre socalcos, veigas e várzeas verdejantes e produtivas. Relevo também para costumes e tradições que se mantêm no dia a dia dos seus habitantes, especialmente a criação de gados e a pastorícia que lhe está ligada.

O Clube Celtas do Minho, que sinalizou o percurso, faz-nos uma descrição sintetizada da localização do trilho e dos seus pormenores de interesse, nomeadamente paisagísticos:

«Partindo da sede do município, segue-se pela EN 101 em direcção a Arcos de Valdevez. Ao km 13,1 vira-se à direita pela Estrada Municipal 1106 em direcção a Abedim e segue-se até ao lugar de Paraisal. O Início do percurso encontra-se situado junto à sede da Junta de Freguesia de Abedim. O Trilho da Carvalheira de Abedim é um percurso de âmbito Ecológico-Paisagístico, inserido numa zona densamente arborizada, constituída maioritariamente por carvalhos. Percorre uma distância de 6,7 km e tem uma duração aproximada de 02h30m. Apresenta um nível de dificuldade fácil/moderado, com cotas mínimas a rondar 300 metros e máximas 500 metros de altitude. A área onde se encontra o percurso é rasgada por várias linhas de água, as quais fazem parte da bacia hidrográfica do rio Gadanha, favorecendo a proliferação do coberto vegetativo e de espécies animais a ele associadas. (...)
Além do Trilho da Carvalheira, a freguesia montanhosa de Abedim, no designado Vale do Gadanha superior, tem outros motivos de interesse com potencial para satisfazer a curiosidade do caminheiro, nomeadamente, a Aldeia de Gandrachão e o Castelo da Penha da Rainha, cabeça do julgado do mesmo nome, cuja área abrangia o actual concelho de Monção até ao rio Mouro, a terminar em Merufe. Da importante fortificação podem ainda ver-se breves marcas de uma cerca e, sobre num morro rochoso os alicerces da torre de menagem.»

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Trilho da Carvalheira de Abedim (2)

7km/Circular – Local: J.F. de Abedim
REDE DE PERCURSOS PEDESTRES DE MONÇÃO


Fotos do Trilho









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Trilho da Carvalheira de Abedim (3)

7km/Circular – Local: J.F. de Abedim
REDE DE PERCURSOS PEDESTRES DE MONÇÃO

A Rede de Percursos Pedestres de Monção

Para além do “Trilho da Carvalheira de Abedim”, o município de Monção dispõe de mais 4 trilhos pedestres em diferentes locais do concelho. Os percursos, pontuados por paisagens inspiradoras e tranquilizadoras, revelam-nos um património natural ímpar. Os percursos pedestres estão marcados nos dois sentidos, de acordo com as normas da Federação Portuguesa de Montanhismo. Apesar da sua identificação, o município aconselha o acompanhamento de um guia devido ao elevado valor de informação que proporciona e para garantia da segurança dos caminheiros.
São estes, para já, os PR's ou percursos sinalizados no concelho de Monção:

Carvalheira de Abedim
Freguesia: Abedim
Âmbito: Ecológico-paisagistico
Distância: 6,7 Km
Duração: 2.30 horas
Grau de dificuldade: fácil/moderado
(cota máxima de 500 metros de altitude)

Caminho dos Mortos
Freguesia: Merufe
Âmbito: Ecológico-paisagistico
Distância: 13.2 Km
Duração: 5 horas
Grau de dificuldade: fácil/moderado
(cota máxima de 649 metros de altitude)

Cova da Moura
Freguesia: Cambeses e Longos Vales
Âmbito: histórico-cultural
Distância: 5,2 Km
Duração: 1.30 horas
Grau de dificuldade: fácil
(cota máxima de 247 metros de altitude)

Chã da Carreira
Freguesia: Tangil
Âmbito: Ecológico-paísagistico
Distância: 8,6 Km
Duração: 4.30 horas
Grau de dificuldade: fácil/moderado
(cota máxima de 710 metros de altitude)

Santo António de Vale de Poldros
Freguesias: Riba de Mouro e Tangil
Âmbito: Ecológico-cultural
Distância: 13,2 Km
Duração: 5.00 horas
Grau de dificuldade: moderado
(cota máxima de 1112 metros de altitude)

Com a construção do Parque Eólico, os trilhos Chã da Carreira e Santo António de Vale de Poldros encontram-se momentaneamente desactivados.
Fonte: Câmara Municipal de Monção

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Trilho da Carvalheira de Abedim (4)

7km/Circular – Local: J.F. de Abedim
REDE DE PERCURSOS PEDESTRES DE MONÇÃO

A Ecopista do Rio Minho

Já lá vão alguns anos que percorremos a “Ecopista Rio Minho” mas nunca é demais relembrar este agradável e maravilhoso espaço propício para caminhadas no Minho.
Julgamos estar para breve a construção dos quilómetros que restam (6km ?) na área de jurisdição do concelho de Monção e que falta transformar em ecopista, perfazendo a ligação total de Monção a Valença e vice versa num total de 14 kms. Na impossibilidade (?) de voltarem a circular comboios nesta antiga via, julgo ter sido ao menos este o melhor aproveitamento, aproximando os dois concelhos por um corredor ou “via-verde”, com repercussões turístico/desportivas ambiciosas e prósperas para ambas as partes.
A Ecopista “Rio Minho”, de Valença a Monção, é uma ecovia na margem do Rio Minho e naquela que era a antiga linha do caminho-de-ferro.
A Ecopista está destinada a passeios pedonais, de bicicleta e outros, como patins em linha e skate, e veio reforçar a oferta turística da região.
O percurso da ecopista, perfeitamente inserida num corredor do Vale do Minho, para além duma fascinante caminhada, proporciona vistas deslumbrantes para o Rio Minho, afluentes e veigas, bem como sobre a Praça-Forte de Valença, a Catedral de Tui e a Torre de Lapela, onde fizemos um ligeiro desvio para visitar mais ao pormenor, assim como às pesqueiras, regressando depois à ecopista. No Centro de Interpretação da Ecopista, na antiga Casa da Vigia à entrada de Valença, podemos ver registos da biodiversidade envolvente da região e nas antigas estações as memórias da velha linha e das máquinas a vapor, deste extinto troço do caminho de ferro português.
A “ECOPISTA RIO MINHO” foi inaugurada no dia 14 de Novembro de 2004, na presença do então Secretário de Estado dos Transportes e Comunicações, Eng. Jorge Borrego e Dr. José Luís Serra, Presidente da Câmara de Valença. Por se encontrar localizada junto às fronteiras com Espanha, é igualmente muito frequentada por estes, que atravessam o internacional Rio Minho ou “Pai Minho” e tal como dos portugueses também tem merecido rasgados elogios dos Caminheiros galegos e das pessoas que vulgarmente a frequentam.
Não é por isso de estranhar que no ano passado tivesse sido distinguida com o prémio «European Greenways Award/2009» atribuído às “Ecovias” como percurso alternativo de transporte, espaço de lazer e convívio entre as populações, com inerentes vantagens para o ambiente e a qualidade de vida nas cidades europeias.

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Trilho da Carvalheira de Abedim (5)

7km/Circular – Local: J.F. de Abedim
REDE DE PERCURSOS PEDESTRES DE MONÇÃO


Museu Ferroviário de Valença

Quando percorremos a Ecopista, logo pela manhã visitamos o “Espaço Museológico de Valença”, que funciona nas antigas instalações da cocheira de locomotivas da Linha do Minho.
Foi para nós uma visita importante, onde podemos apreciar entre o rico espólio, a “Locomotiva 23” de 1875, carruagens e furgão de 1888/91, bem como um “Quadriciclo a pedal” dos anos 30, que aqui vos deixamos algumas fotos de recordação.
O nosso entusiasmo foi tal que viríamos algumas semanas depois a visitar o Museu Ferroviário de Lousado, num culminar de conhecimento mais profundo da história do comboio em Portugal. Oportunamente aqui deixaremos testemunhos deste importante espaço museológico, que faz parte duma rede com enorme qualidade de Museus Ferroviários em Portugal, onde para além de Valença e Lousado, se incluem também pela sua importância os de Arco de Baúlhe, de Bragança, Chaves, Estremoz, Macinhata do Vouga, Lagos e Santarém.
Nunca é demais lembrar que a implementação do comboio em Portugal e a sua consequente contribuição para o desenvolvimento económico e social do nosso país, se deve a três importantes pioneiros do “período da regeneração”: a Rainha Dª Maria II, o Rei D. Pedro V e o Ministro das Obras Públicas, António Maria Fontes Pereira de Melo. O primeiro comboio a circular em Portugal foi no ano de 1856, entre Lisboa e o Carregado.

Aproveitamos para agradecer ao Pedro Zuquete, um conhecedor apaixonado pelos comboios, as fotos e documentários que nos tem enviado.

Até à próxima
Beijinhos

sábado, 1 de maio de 2010

O 1º de Maio e as Flores

Entra hoje o mês das flores,
Lindo Maio, o perfumado;
Em que todo o namorado
Dá um ramo aos seus amores!
A não serem dissabores,
Um também te houvera dado.

Dera-te uma bela rosa
Só meia desabrochada;
Inda de pranto banhada
D'aurora pura e formosa!
Imagem da desditosa,
Com meia vida roubada!

Um jasmim também te dera...
É tão alvo e delicado!...
Em seu cális apertado
Doce lágrima se gera,
Que há memória te trouxera
Um peito nunca manchado!

Mas eu só tinha um Amor,
Que encontrei murcho no chão!
Calcado sem compaixão,
Já não parecia uma flor!
Ah! Quem não teria dor
De assim ver a perfeição?

O meu jardim acabou;
Já não tenho mais que dar:
Para dele me lembrar
Só uma silva ficou
Selvagem, que se criou
Para prender e rasgar!

Poema de Maria Browne
Desenho da "Marita"