Arriba Fóssil de Esposende
Olá, Amiguinhos
Porque é Inverno e é normal, o tempo não tem estado lá muito famoso no que diz respeito a Caminhadas, propício às constipações e gripes, que tem ocorrido por toda a parte, aos milhares.
Mas, como já se escapou à “praga”, senti-me fixe e resolvi regressar aos trilhos por esse Portugal.
Porque é Inverno e é normal, o tempo não tem estado lá muito famoso no que diz respeito a Caminhadas, propício às constipações e gripes, que tem ocorrido por toda a parte, aos milhares.
Mas, como já se escapou à “praga”, senti-me fixe e resolvi regressar aos trilhos por esse Portugal.
Desta vez, estreamo-nos numa caminhada do Grupo Caminhadas /Andainas, e o "Monitor" que nos guiou foi, nem mais nem menos, o Editor desse espectacular blogue “Pedestrianismo e Percursos Pedestres”. http://pedestrianismo.blogspot.com/
O percurso teve início cerca das 10.20H, partindo da Capela de Santo António, na povoação de Palmeira de Faro, em Esposende.
Daí caminhamos e subimos pela 1ª vez até ao topo do Monte de Faro, de onde se avista uma admirável paisagem do oceano Atlântico e toda a zona costeira entre Esposende e Póvoa de Varzim.
Em tempos possivelmente medievais, no cimo do monte de Faro existiu um farol, que guiava os navegantes pelo alto-mar.
Deste espectacular miradouro (um de cinco que o guia nos deu a conhecer) as vistas sobre Esposende e suas Freguesias são incríveis e todo o cenário ao pé do “dócil e tenebroso” Oceano Atlântico, é deveras fascinante.
Com os binóculos, avistamos ao longe aqueles rochedos espumados de brancura imaculada, conhecidos na gíria lendária por “Cavalos de Fão”.
Depois destes agradáveis momentos, deixamos o Monte de Faro e prosseguimos o trilho pelo interior da floresta, por caminhos entre pinheiros e eucaliptos, até ao Castro de S. Lourenço, em Vila Chã.
Este outrora extenso povoado, que se estima ter sido ocupado desde o 3º milénio a.C. foi erguido num local com amplo domínio visual sobre a faixa costeira.
Para além do seu interesse patrimonial, o pico mais alto do Castro (200m de altitude em relação ao nível do mar) é um excelente miradouro sobre a planície litoral, sobre o estuário do Cavado e a foz deste rio.
Para além do seu interesse patrimonial, o pico mais alto do Castro (200m de altitude em relação ao nível do mar) é um excelente miradouro sobre a planície litoral, sobre o estuário do Cavado e a foz deste rio.
Algumas das primitivas casas que agora visitamos foram reconstruídas no final do séc. XX. Para uma melhor interpretação cronológica do Castro, existem painéis ao longo dos vários sectores, com descrição pormenorizada destes vestígios arqueológicos.
Esta fortificação formava, em conjunto com Bagunte, Terroso, São Roque, Santa Luzia, Cividade de Âncora, Coto da Pena e Santa Tecla, uma estrutura litoral linear, que controlava, por certo, a navegação de cabotagem na Proto–História.
No cume há uma capela, de devoção a S. Lourenço, já mencionada em registos do séc. XVI, agora reconstruída e diferente da traça original.
Ao redor, a muralha e os penedos sustêm mais este deslumbrante miradouro.
Já passava do meio-dia e os estômagos começaram a pedir “clemência” aos Pedestrianistas. Naturalmente, ordem do guia para descansar e repor calorias perdidas.
Já passava do meio-dia e os estômagos começaram a pedir “clemência” aos Pedestrianistas. Naturalmente, ordem do guia para descansar e repor calorias perdidas.
Após o descanso e pela área inferior do espaço arqueológico, saímos pelo passadiço e seguimos então em direcção à povoação da Abelheira. Antes, porém, cruzando um pequeno curso de água límpida, a Ribeira de Peralta, dirigimo-nos à "Mamoa da Portelagem", um dos mais importantes dólmenes nesta região.
Depois de admirarmos este monumento “pré-histórico” regressamos ao trilho e no desvio para o antigo caminho (que nos pareceu medieval) o guia explicou a todos o grau de dificuldade até lá chegar, uma escarpa escorregadia e algo perigosa.
No entanto, ninguém desistiu e garanto-vos que valeu a pena.
No entanto, ninguém desistiu e garanto-vos que valeu a pena.
Ao fim de cerca de 1km chegamos aos pitorescos moinhos de vento e azenhas da Abelheira, construídos em cascata na encosta do monte.
Este local está sitiado na Freguesia das Marinhas, outrora S. Miguel de Cepães e mais tarde S. Miguel das Marinhas, cujo Abade da Freguesia no ano de 1357 era Frei Bernardo do Moinho, quiçá proprietário dos primitivos engenhos.
Este local está sitiado na Freguesia das Marinhas, outrora S. Miguel de Cepães e mais tarde S. Miguel das Marinhas, cujo Abade da Freguesia no ano de 1357 era Frei Bernardo do Moinho, quiçá proprietário dos primitivos engenhos.
Por aqui se descansou, lanchou e fotografou esta beleza de património. Pena é que não estejam todos os moinhos recuperados, pois tornaria este local muito mais aprazível, pois, já de si é bucólico.
Numa casa ali ao lado, o seu morador embelezou o pequeno jardim com uma cascata de lindas réplicas de Moinhos, Igrejas e até o Farol de Esposende. Que lindo!
Pelo mesmo caminho, agora em duro ascendente, regressamos até ao Castro de S. Lourenço e daí flectimos novamente para a estrada, passando por sobre a A28 e pelo estradão que leva ao Lugar de Faro, chegávamos à Capela de Santo António, onde teve início este agradável percurso, que contou com a participação de cerca de 40 Caminheiros.
Gostamos da caminhada, dos companheiros, simples e comunicativos, com destaque para os “Solas Rotas” na cauda do pelotão e sempre na borga, recolhendo as setas que o guia deixava como sinalética nos desvios e, coitados, lá tinham que as carregar às costas. Que ideia original e deveras engraçada.
No final, ninguém arredou pé, sem primeiro se tirar algumas fotos do Grupo, para mais tarde recordar.
Agradecemos ao "Organizador" e Companheiros este dia bem passado e esperamos, se as circunstâncias o permitirem, regressar breve.
Até à próxima!
Continua…
Agradecemos ao "Organizador" e Companheiros este dia bem passado e esperamos, se as circunstâncias o permitirem, regressar breve.
Até à próxima!
Continua…