sexta-feira, 25 de setembro de 2009
EU VI A LUZ EM UM PAÍS PERDIDO
Eu vi a luz em um país perdido.
A minha alma é lânguida e inerme.
Oh! Quem pudesse deslizar sem ruído!
No chão sumir-se, como faz um verme…
Camilo Pessanha
sábado, 19 de setembro de 2009
22-08-2009 Trilhos do Vouga (1)
Oliveira de Frades
Percurso do Cunhedo – 4km / Circular
Percurso do Cunhedo – 4km / Circular
Olá
Neste agradável dia de Verão, deslocamo-nos à pitoresca vila de Oliveira de Frades.
Aí chegados pela manhã, após tomarmos um agradável pequeno-almoço numa típica confeitaria do local, efectuamos um pequeno passeio ao redor do centro desta simpática vila, conhecendo algum do seu património edificado.
Neste agradável dia de Verão, deslocamo-nos à pitoresca vila de Oliveira de Frades.
Aí chegados pela manhã, após tomarmos um agradável pequeno-almoço numa típica confeitaria do local, efectuamos um pequeno passeio ao redor do centro desta simpática vila, conhecendo algum do seu património edificado.
De seguida, fomos percorrer o agradável Percurso do Cunhedo, um dos percursos sinalizados dos “Trilhos do Vouga”, perfeitamente adaptado a todos os escalões etários de Caminheiros que já gostam e dos que no futuro se queiram apaixonar por esta fantástica modalidade: o Pedestrianismo.
Sendo um percurso linear com 2 km ao longo da deslumbrante margem esquerda do Vouga e muito fácil de percorrer em qualquer altura do ano, tem no entanto a particularidade de se transformar em circular na época de Verão, em virtude do baixo caudal do Rio Vouga e que nos permite atravessá-lo nas poldras, próximo ao lugar de Porto de Areias.
Assim fizemos e depois de descermos às poldras a meio do trilho, desfrutamos duma paisagem bucólica e deslumbrante que o leito do rio e as montanhas envolventes proporcionam, regalamo-nos também com relaxantes e temperados banhos nas suas (aqui) límpidas águas. Já sabe que quando aqui vier no Verão não se esqueça do fato de banho. São momentos tão agradáveis que não se podem perder.
Depois de cerca de duas horas a banhos de água e sol, atravessamos as poldras e regressamos pelo caminho com um pouco mais de altitude da margem direita do imponente Rio Vouga, que nos vai levar novamente à Ponte do Cunhedo.
De regresso à vila de Oliveira de Frades cerca das 13.00h, fomos abastecer-nos de churrascos e saladas ao supermercado Pingo Doce (a vitela de Lafões fica para a próxima), indo de seguida passar uma relaxante tarde à já nossa conhecida Praia Fluvial de Porto Várzea, em Campiã, Vouzela.
Continua…
22-08-2009 Trilhos do Vouga (2)
Oliveira de Frades
Percurso do Cunhedo – 4km / Circular
Percurso do Cunhedo – 4km / Circular
Dólmen de Antelas
Um sepulcro-templo do Neolítico final
A “Anta pintada de Antelas” está localizada na Serra das Talhadas, lugar de Antelas, na freguesia de Pinheiro (outrora Pinheiro de Lafões), do concelho de Oliveira de Frades.
É um monumento nacional desde 1990, devido à importância das pinturas rupestres, a vermelho e a preto, que decoram a sua câmara. Está totalmente coberta do modo como foi primitivamente construída e é também uma das melhores e mais bem conservadas de toda a Península Ibérica.
Estudos sobre as datas presumem que a sua construção terá ocorrido no IV milénio a.C.É constituída por uma câmara funerária, com oito esteios de granito, com cerca de 2,5 m de altura, e um corredor ortostático, diferenciado da câmara, em altura e em planta, abrindo-se aproximadamente a nascente.No interior da câmara todos os esteios têm pinturas bem conservadas e algumas pequenas esculturas, com representações geométricas, abstractas e figurativas (a cor de sangue predomina) que poderão ser representações dos sepultados, símbolos de purificação, deuses, figuras astrais e elementos da natureza, constituindo a pedra da cabeceira, o centro da composição pictórica.
Um sepulcro-templo do Neolítico final
A “Anta pintada de Antelas” está localizada na Serra das Talhadas, lugar de Antelas, na freguesia de Pinheiro (outrora Pinheiro de Lafões), do concelho de Oliveira de Frades.
É um monumento nacional desde 1990, devido à importância das pinturas rupestres, a vermelho e a preto, que decoram a sua câmara. Está totalmente coberta do modo como foi primitivamente construída e é também uma das melhores e mais bem conservadas de toda a Península Ibérica.
Estudos sobre as datas presumem que a sua construção terá ocorrido no IV milénio a.C.É constituída por uma câmara funerária, com oito esteios de granito, com cerca de 2,5 m de altura, e um corredor ortostático, diferenciado da câmara, em altura e em planta, abrindo-se aproximadamente a nascente.No interior da câmara todos os esteios têm pinturas bem conservadas e algumas pequenas esculturas, com representações geométricas, abstractas e figurativas (a cor de sangue predomina) que poderão ser representações dos sepultados, símbolos de purificação, deuses, figuras astrais e elementos da natureza, constituindo a pedra da cabeceira, o centro da composição pictórica.
Compilação de textos sobre pesquisas do “dólmen de Antelas”
Nota: Informaram-nos na região que por via de algum vandalismo a que o monumento estava a ser alvo, mais concretamente a curiosidade fanática e raspagens nas pinturas rupestres no seu interior, já há algum tempo que a Câmara de Oliveira de Frades como medida de precaução e conservação do património, mandou construir uma porta e encerrou o livre acesso ao interior do monumento.
Agora, só solicitando à Câmara ou ao Turismo mediante marcação, é que se poderá visitar este antiquíssimo templo sepulcral.
Assim, também nós demos com a porta fechada. É a vida!
Continua…
Agora, só solicitando à Câmara ou ao Turismo mediante marcação, é que se poderá visitar este antiquíssimo templo sepulcral.
Assim, também nós demos com a porta fechada. É a vida!
Continua…
22-08-2009 Trilhos do Vouga (3)
Oliveira de Frades
Percurso do Cunhedo – 4km / Circular
Percurso do Cunhedo – 4km / Circular
Oliveira de Frades
Oliveira de Frades é uma vila portuguesa no Distrito de Viseu, região Centro e sub-região do Dão-Lafões. É sede de um município com 147,45 km² de área e subdividido em 12 freguesias.
Trata-se de um dos poucos municípios de Portugal territorialmente descontínuos, consistindo de duas porções, uma principal, de maiores dimensões, onde se situa a vila, e a outra menor, poucos quilómetros para sueste. O território principal é limitado a nordeste pelo município de São Pedro do Sul, a sueste por Vouzela, a sudoeste por Águeda, a oeste por Sever do Vouga e a noroeste por Vale de Cambra. O território secundário é limitado a norte e nordeste por Vouzela, a sul e sudoeste por Tondela e a oeste por Águeda.O Concelho foi criado em 1836 por desmembramento do concelho de Lafões nos actuais concelhos de Oliveira de Frades, São Pedro do Sul e Vouzela.
Texto (resumo): Wikipédia, a enciclopédia livre
Oliveira de Frades é uma vila portuguesa no Distrito de Viseu, região Centro e sub-região do Dão-Lafões. É sede de um município com 147,45 km² de área e subdividido em 12 freguesias.
Trata-se de um dos poucos municípios de Portugal territorialmente descontínuos, consistindo de duas porções, uma principal, de maiores dimensões, onde se situa a vila, e a outra menor, poucos quilómetros para sueste. O território principal é limitado a nordeste pelo município de São Pedro do Sul, a sueste por Vouzela, a sudoeste por Águeda, a oeste por Sever do Vouga e a noroeste por Vale de Cambra. O território secundário é limitado a norte e nordeste por Vouzela, a sul e sudoeste por Tondela e a oeste por Águeda.O Concelho foi criado em 1836 por desmembramento do concelho de Lafões nos actuais concelhos de Oliveira de Frades, São Pedro do Sul e Vouzela.
Texto (resumo): Wikipédia, a enciclopédia livre
Continua…
22-08-2009 Trilhos do Vouga (4)
Oliveira de Frades
Percurso do Cunhedo – 4km / Circular
Belos momentos na Praia Fluvial de Porto Várzea
Percurso do Cunhedo – 4km / Circular
Belos momentos na Praia Fluvial de Porto Várzea
No snack-bar da Praia Fluvial, à conversa com o Sr. Francisco, este proprietário esclareceu-nos uma vez mais que ainda não servem refeições no local mas, as pessoas que queiram almoçar antes de virem para a Praia Fluvial, podem fazê-lo no Restaurante “o Loendro” ali bem perto, na estrada nacional antes da nova rotunda onde se vira para Porto Várzea.
Aqui fica a informação para os interessados e para quem já nos tem perguntado.
Mas a vida não pára e ao cair da tarde regressamos satisfeitos de mais um dia bem passado em família, num contacto directo com a Natureza nestes esplendorosos lugares de Portugal.
Continua…
Aqui fica a informação para os interessados e para quem já nos tem perguntado.
Mas a vida não pára e ao cair da tarde regressamos satisfeitos de mais um dia bem passado em família, num contacto directo com a Natureza nestes esplendorosos lugares de Portugal.
Continua…
22-08-2009 Trilhos do Vouga (5)
Oliveira de Frades
Percurso do Cunhedo – 4km / Circular
à água para o silêncio vir à tona.
O mundo, que os sentidos tonificam,
surgia-nos então todo enterrado
na nossa própria carne, envolto
por vezes em ferozes transparências
que as pedras acirravam
sem outro intuito além do de extraírem
às águas o silêncio que as unia.
Poema de Luís Miguel Nava
Caminho
sem pés e sem sonhos
só com a respiração e a cadência
da muda passagem dos sopros
caminho como um remo que se afunda.
Os redemoinhos sorvem as nuvens e os peixes
para que a elevação e a profundidade se conjuguem.
Avanço sem jugo e ando longe
de caminhar sobre as águas do Céu.
Poema de Daniel Faria
Percurso do Cunhedo – 4km / Circular
Poesia
Atirávamos pedrasà água para o silêncio vir à tona.
O mundo, que os sentidos tonificam,
surgia-nos então todo enterrado
na nossa própria carne, envolto
por vezes em ferozes transparências
que as pedras acirravam
sem outro intuito além do de extraírem
às águas o silêncio que as unia.
Poema de Luís Miguel Nava
Caminho
sem pés e sem sonhos
só com a respiração e a cadência
da muda passagem dos sopros
caminho como um remo que se afunda.
Os redemoinhos sorvem as nuvens e os peixes
para que a elevação e a profundidade se conjuguem.
Avanço sem jugo e ando longe
de caminhar sobre as águas do Céu.
Poema de Daniel Faria
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Verão
…no Vale da Ribeira de Picoutos
(Rio Picotos - S. Mamede de Infesta)
Mágoa
Medas de trigo ao sol - Agosto,
Tudo o calor do Sonho amadurece;
Só a amargura do meu rosto
Permanece!
Até me lembro que não sou da vida!
Que não pertence à terra esta tristeza…
Que sou qualquer desgraça acontecida
Fora do seio-mãe da natureza.
E contudo não sei de criatura
Que mais deseje ter esta alegria
De um fruto azedo que arrancou doçura
Do céu, das pedras e da luz do dia.
Poema de Miguel Torga
Poema de Miguel Torga
domingo, 13 de setembro de 2009
15-08-2009 Ocidental Praia Lusitana Nº 6 (1)
Viana »»»V.P. Âncora - 13km / linear
Percurso Pedestre “Mar, sal e vontade”
Início: Capela da Senhora da Agonia (Estacionar viat. no Parque próximo)
Praia Norte (Viana do Castelo)
Fortim do Rego de Fontes (ou Castelo Velho/Areosa)
Percurso Pedestre “Mar, sal e vontade”
Olá
Voltamos a efectuar mais uma caminhada à beira mar, tendo escolhido novamente a Região Litoral Norte, desta vez entre Viana do Castelo e Vila Praia de Âncora.
Aqui vos deixamos uma breve descrição dos lugares por onde fomos passando, contemplando (pese embora algum nevoeiro nalguns locais) tanta beleza difícil de descrever, ao longo da costa Portuguesa.
Voltamos a efectuar mais uma caminhada à beira mar, tendo escolhido novamente a Região Litoral Norte, desta vez entre Viana do Castelo e Vila Praia de Âncora.
Aqui vos deixamos uma breve descrição dos lugares por onde fomos passando, contemplando (pese embora algum nevoeiro nalguns locais) tanta beleza difícil de descrever, ao longo da costa Portuguesa.
De Viana a Âncora (Lugares de passagem)
Início: Capela da Senhora da Agonia (Estacionar viat. no Parque próximo)
Praia Norte (Viana do Castelo)
Fortim do Rego de Fontes (ou Castelo Velho/Areosa)
Portinho de Vinha (Areosa)
Moinhos de Areosa
Camboas do Mar (Areosa)
Praias de Areosa
Praias do Canto Marinho (Dourada)
Praia do Portinho do Lumiar
Percurso Dunar da Praia do Carreço
Camboas do Mar (Carreço)
Pias Salineiras (Praia de Fornelos)
Moinhos de Montedor (Marinheiro e de Cima)
Farol de Montedor
Gandra do Carreço (Rede Natura/Litoral Norte)
Gandra do Carreço (Rede Natura/Litoral Norte)
Forte de Paçô (Carreço)
Praia de Paçô (Antiga Praia dos Ingleses)
Praia do Bico
Praia da Arda (ou Praia da Mariana)
Praia de Afife
Praia de Afife
Percurso Dunar (Afife)
Camboas do Mar (Afife)
Camboas do Mar (Afife)
Foz da Ribeira de Cabanas (Afife)
Forte do Cão (Gelfa) Santa Maria de Âncora
Pinhal da Gelfa
Praia de Âncora
Ponte sobre o Âncora
Ponte sobre o Âncora
Fim: Foz do Rio Âncora
Saiba mais sobre as antigas fortalezas defensivas na costa Litoral/Norte
Saiba mais sobre as antigas fortalezas defensivas na costa Litoral/Norte
“Quatro Fortes do Século XVIII na Defesa da Costa”:
http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/3168.pdf
Chegados a V.P. de Âncora cerca das 13.30h, fomos almoçar a um Snack-bar e da parte da tarde até cerca das 17.00h fizemos uma prainha nas dunas serenas da agradável e bem conhecida “Praia das Crianças” junto à Foz do Âncora.
http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/3168.pdf
Chegados a V.P. de Âncora cerca das 13.30h, fomos almoçar a um Snack-bar e da parte da tarde até cerca das 17.00h fizemos uma prainha nas dunas serenas da agradável e bem conhecida “Praia das Crianças” junto à Foz do Âncora.
p.s. (o comboio da Linha do Minho parte às 17.15 para Viana)
Continua…
Continua…
15-08-2009 Ocidental Praia Lusitana Nº 6 (2)
Viana »»» V.P. Âncora - 13km / linear
Percurso Pedestre “Mar, sal e vontade”
Percurso Pedestre “Mar, sal e vontade”
Reportagem fotográfica do Percurso
Continua…
15-08-2009 Ocidental Praia Lusitana Nº 6 (3)
Viana »»» V.P. Âncora - 13km / linear
Percurso Pedestre “Mar, sal e vontade”
Continua…
Percurso Pedestre “Mar, sal e vontade”
O Rio Âncora
Este lendário rio é sem dúvida uma das maiores belezas de toda a região.
Nasce no lugar de Bezerreiras, a 816 metros de altitude, em plena Serra de Arga, e percorre cerca de 15 km até à sua foz, em Vila Praia de Âncora, espraiando-se no Oceano Atlântico.
Ao longo do seu curso, precipita-se em belas cascatas e escava em duras rochas autênticas piscinas, bucólicas cachoeiras que se vão transformando em românticos lugares que nos proporcionam desfrutar de autênticos “Paraísos” naturais.
Um desses místicos lugares localiza-se em Montaria, conhecido aqui por «Cascatas ou Quedas do Pincho».
Se um dia fores a esse lugar, saberás porque é que a vida das pessoas é tão diferente quando, por momentos, paramos mergulhando os olhos nas belezas da Natureza e na infinidade do Céu!...Este lendário rio é sem dúvida uma das maiores belezas de toda a região.
Nasce no lugar de Bezerreiras, a 816 metros de altitude, em plena Serra de Arga, e percorre cerca de 15 km até à sua foz, em Vila Praia de Âncora, espraiando-se no Oceano Atlântico.
Ao longo do seu curso, precipita-se em belas cascatas e escava em duras rochas autênticas piscinas, bucólicas cachoeiras que se vão transformando em românticos lugares que nos proporcionam desfrutar de autênticos “Paraísos” naturais.
Um desses místicos lugares localiza-se em Montaria, conhecido aqui por «Cascatas ou Quedas do Pincho».
Continua…
15-08-2009 Ocidental Praia Lusitana Nº 6 (4)
Viana »»» V.P. Âncora - 13km / linear
Percurso Pedestre “Mar, sal e vontade”
Percurso Pedestre “Mar, sal e vontade”
Poesia
O Mar
Como o vosso, também meu pensamento
Voga, Amigos, nas ondas, sem parar;
E mais que a vós a mim o largo Mar
Contou o seu segredo e entendimento.
Como as gaivotas erra nas procelas
E nas águas dormentes da acalmia,
Sobre toda a tormenta ou calmaria
Bate as asas minh’alma ou solta as velas…
Nada me disse o Mar que eu não soubesse,
Qualquer segredo que eu não conhecesse,
Na perfeita e imutável comunhão
No acordo misterioso e surpreendente
De duas naturezas que irmãmente
Sentem pulsar o mesmo coração…
Como o vosso, também meu pensamento
Voga, Amigos, nas ondas, sem parar;
E mais que a vós a mim o largo Mar
Contou o seu segredo e entendimento.
Como as gaivotas erra nas procelas
E nas águas dormentes da acalmia,
Sobre toda a tormenta ou calmaria
Bate as asas minh’alma ou solta as velas…
Nada me disse o Mar que eu não soubesse,
Qualquer segredo que eu não conhecesse,
Na perfeita e imutável comunhão
No acordo misterioso e surpreendente
De duas naturezas que irmãmente
Sentem pulsar o mesmo coração…
Poema de António Carneiro
Ao Mar
Água, sal e vontade – a vida!
Água, sal e vontade – a vida!
Azul – a cor do céu e da inocência.
Um lenço a colorir a despedida
Da galera da ausência…
Mar tenebroso!
Mar tenebroso!
Mar fechado e rugoso
Sobre um casto jardim adormecido!
Mar de medusas que ninguém semeia,
Criadas com mistério e com areia,
Perfeitas de beleza e de sentido!
Vem a sede da terra e não se acalma!
Vem a sede da terra e não se acalma!
Vem a força do mundo e não te doma!
Impenitente e funda, a tua alma
Guarda-se no cristal duma redoma.
Guarda-se purificada em leve espuma,
Guarda-se purificada em leve espuma,
Renda da sua túnica de linho.
Guarda-se aberta em sol, sagrada em bruma,
Sem amor, sem ternura e sem caminho.
O navio do sonho foi ao fundo,
O navio do sonho foi ao fundo,
E o capitão, despido, jaz ao leme,
Branco nos ossos descarnados;
Uma alga no peito, a flor do mundo,
Uma fibra de amor que vive e treme
De ouvir segredos vãos, petrificados.
Uma ilusão enfuna e enxuga a vela,
Uma ilusão enfuna e enxuga a vela,
Uma desilusão a rasga e molha;
Morta a magia que pintava a tela,
O mesmo olhar de há pouco já não olha.
Na órbita vazia um cego ouriço
Na órbita vazia um cego ouriço
Pica o silêncio leve que perpassa…
Pica o novo feitiço
Que nasce do final de uma desgraça.
Mas nem corais, nem polvos, nem quimeras
Mas nem corais, nem polvos, nem quimeras
Sobem à tona das marés…
O navio encalhado e as suas eras
Lá permanecem a milhentos pés.
Soterrados em verde, negro e vago,
Soterrados em verde, negro e vago,
Nenhum sol os aquece.
Habitantes do lago
Do esquecimento, só a sombra os tece…
Ela que és tu, anónimo oceano,
Ela que és tu, anónimo oceano,
Coração ciumento e namorado!
Ela que és tu, arfar viril e plano,
Largo como um abraço descuidado!
Tu, mar fechado, aberto e descoberto
Tu, mar fechado, aberto e descoberto
Com bússolas e gritos de gajeiro!
Tu, mar salgado, lírico, coberto
De lágrimas, iodo e nevoeiro!
Poema de Miguel Torga
Aqui está-se sossegado
Aqui está-se sossegado,
Longe do mundo e da vida,
Cheio de não ter passado,
Até o futuro se olvida.
Aqui está-se sossegado.
Tinha os gestos inocentes,
Seus olhos riam no fundo.
Mas invisíveis serpentes
Faziam-na ser do mundo.
Tinha os gestos inocentes.
Aqui tudo é paz e mar.
Que longe a vista se perde
Na solidão a tornar
Em sombra o azul que é verde!
Aqui tudo é paz e mar.
Sim, poderia ter sido...
Mas vontade nem razão
O mundo tem conduzido
A prazer ou conclusão.
Sim, poderia ter sido...
Agora não esqueço e sonho.
Fecho os olhos, oiço o mar
E de ouvi-lo bem, suponho
Que veio azul a esverdear.
Agora não esqueço e sonho.
Não foi propósito, não.
Os seus gestos inocentes
Tocavam no coração
Como invisíveis serpentes.
Não foi propósito, não.
Durmo, desperto e sozinho.
Que tem sido a minha vida?
Velas de inútil moinho —
Um movimento sem lida...
Durmo, desperto e sozinho.
Nada explica nem consola.
Tudo está certo depois.
Mas a dor que nos desola,
A mágoa de um não ser dois
Nada explica nem consola.
Poema de Fernando Pessoa
Aqui está-se sossegado,
Longe do mundo e da vida,
Cheio de não ter passado,
Até o futuro se olvida.
Aqui está-se sossegado.
Tinha os gestos inocentes,
Seus olhos riam no fundo.
Mas invisíveis serpentes
Faziam-na ser do mundo.
Tinha os gestos inocentes.
Aqui tudo é paz e mar.
Que longe a vista se perde
Na solidão a tornar
Em sombra o azul que é verde!
Aqui tudo é paz e mar.
Sim, poderia ter sido...
Mas vontade nem razão
O mundo tem conduzido
A prazer ou conclusão.
Sim, poderia ter sido...
Agora não esqueço e sonho.
Fecho os olhos, oiço o mar
E de ouvi-lo bem, suponho
Que veio azul a esverdear.
Agora não esqueço e sonho.
Não foi propósito, não.
Os seus gestos inocentes
Tocavam no coração
Como invisíveis serpentes.
Não foi propósito, não.
Durmo, desperto e sozinho.
Que tem sido a minha vida?
Velas de inútil moinho —
Um movimento sem lida...
Durmo, desperto e sozinho.
Nada explica nem consola.
Tudo está certo depois.
Mas a dor que nos desola,
A mágoa de um não ser dois
Nada explica nem consola.
Poema de Fernando Pessoa
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Dia Europeu do Pedestrianismo
Amanhã, dia 12 de Setembro de 2009, Federações, Clubes, Associações e praticantes não federados em geral, comemoram neste velho Continente o DIA EUROPEU DO PEDESTRIANISMO.
Por todas as regiões do País terão lugar caminhadas e diversos Eventos para assinalar este dia.
Interprete este nosso alerta como chamamento para iniciar (se não pratica qualquer desporto tem uma nova oportunidade) e lembrete (se já costuma caminhar) para que amanhã faça uma caminhada, pelas imediações de onde habita mas, se possível, seria mais agradável se o fizer em pleno contacto com a natureza, por exemplo, nas maravilhosas Serras de Portugal.
Aqui recordamos, uma vez mais, alguns conselhos que gostamos de dirigir aos nossos Amigos, com a única finalidade para que pratiquem esta “fantástica modalidade” chamada PEDESTRIANISMO:
Dá uma oportunidade ao teu coração.
Por todas as regiões do País terão lugar caminhadas e diversos Eventos para assinalar este dia.
Interprete este nosso alerta como chamamento para iniciar (se não pratica qualquer desporto tem uma nova oportunidade) e lembrete (se já costuma caminhar) para que amanhã faça uma caminhada, pelas imediações de onde habita mas, se possível, seria mais agradável se o fizer em pleno contacto com a natureza, por exemplo, nas maravilhosas Serras de Portugal.
Aqui recordamos, uma vez mais, alguns conselhos que gostamos de dirigir aos nossos Amigos, com a única finalidade para que pratiquem esta “fantástica modalidade” chamada PEDESTRIANISMO:
Dá uma oportunidade ao teu coração.
Sente-te mais útil conhecendo e divulgando a beleza que o nosso País encerra.
Vem desfrutar da Natureza na companhia de quem amas e dos amigos.
Muda o teu comportamento passivo.
Evita aumentar o teu peso.
Esquece o envelhecimento.
Esmaga o vazio da solidão.
Aumenta a confiança em ti próprio.
Vais ver que te sentes melhor logo a seguir ao 1º passeio.
Sobre o nosso País, não te julgues de todo conhecedor e informado.
Com este exercício moderado vais descobrir paraísos escondidos.
Se poderes, muda a rotina dos dias de descanso.
Altera os teus hábitos de vida.
Não sintas o tempo a passar.
Com os teus olhos e pelos teus próprios pés, irás verificar que o PEDESTRIANISMO é um fantástico desporto que pode ser praticado por TODOS !!
Afinal, é tão importante manter o vigor do corpo, para conservar o do espírito!
Para breve, novas notícias dos “Passeios da Caramulinha”.
Beijinhos
Com os teus olhos e pelos teus próprios pés, irás verificar que o PEDESTRIANISMO é um fantástico desporto que pode ser praticado por TODOS !!
Afinal, é tão importante manter o vigor do corpo, para conservar o do espírito!
Para breve, novas notícias dos “Passeios da Caramulinha”.
Beijinhos
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
09-08-2009 Fundação de Serralves (1)
Olá Amigos!
No passado dia 9 de Agosto resolvi aceder ao convite do Serviço Educativo da Fundação de Serralves, onde todos poderiam participar num conjunto de actividades de diversão, como as oficinas móveis para as crianças construírem imaginativos papagaios de papel, desenhos e montagens, conversas de museu entre famílias, assim como os percursos pelo deslumbrante parque de Serralves.
No passado dia 9 de Agosto resolvi aceder ao convite do Serviço Educativo da Fundação de Serralves, onde todos poderiam participar num conjunto de actividades de diversão, como as oficinas móveis para as crianças construírem imaginativos papagaios de papel, desenhos e montagens, conversas de museu entre famílias, assim como os percursos pelo deslumbrante parque de Serralves.
Sendo assim, fomos à descoberta.
Eis alguns temas (Calendário da Instituição) que fazem parte do rol de actividades à disposição de quem adere a este Evento ao longo dos diversos dias, que vai desde 4 de Julho e se prolonga até 27 de Setembro.
CONVERSAS NO MUSEU
Eis alguns temas (Calendário da Instituição) que fazem parte do rol de actividades à disposição de quem adere a este Evento ao longo dos diversos dias, que vai desde 4 de Julho e se prolonga até 27 de Setembro.
CONVERSAS NO MUSEU
O que podemos esperar de uma colecção de arte na actualidade? Vamos debater respostas e caminhos possíveis a partir da exposição da Colecção da Fundação de Serralves: entre pintura, escultura, fotografia, filme, instalação e desenho, a diversidade é a palavra-chave e o fio condutor desta conversa. Sábado às 17h00 e Domingo às 12h00 Ponto de encontro: recepção do Museu (duração: 1 hora)
PERCURSOS NO PARQUE
Entre cores, formas, texturas, sons e cheiros, vamos conhecer a biodiversidade do Parque de Serralves em passeios que exploram os diferentes sentidos.Domingo às 11h00 Ponto de encontro: recepção do Museu (duração: 1 hora)
A ARQUITECTURA DE ÁLVARO SIZA
Vamos conhecer em detalhe o projecto do Museu de Serralves, numa visita dinâmica que fornecerá pistas para uma melhor compreensão e interpretação do espaço projectado por Álvaro Siza. Domingo às 15h00 Ponto de encontro: recepção do Museu (duração: 1 hora)
FUNCIONAMENTO
Estas actividades são gratuitas mediante aquisição de bilhete de entrada na Fundação de Serralves. Por questões de controlo de lotação é necessário solicitar um bilhete (gratuito) para as actividades na recepção do Museu.
Relembramos que ao Domingo até às 14h00 a entrada é livre.
Continua…
Relembramos que ao Domingo até às 14h00 a entrada é livre.
Continua…
09-08-2009 Fundação de Serralves (2)
Domingo, 9 de Agosto 2009
Programas em Família
OS PAPAGAIOS EM VIAGEM…
Programas em Família
OS PAPAGAIOS EM VIAGEM…
Cortar, desenhar, colar, agrafar materiais variados para criar formas inesperadas que resultassem da fértil imaginação dos seus autores, os mais importantes deste Mundo, as CRIANÇAS.
No final, o vento fez voar os seus papagaios no céu de Serralves, sobe a orientação dos coordenadores do “Catavento Projectos Educativos”.
Nesta manhã de Domingo, já cheguei um pouquinho tarde para assistir à construção e lançamento dos papagaios de papel pelas famílias participantes, onde as crianças foram os principais artistas, dando largas à sua imaginação.
Percorri os Jardins de Serralves, caminhando lentamente e contemplando os cantinhos deslumbrantes, como o roseiral, o jardim das cameleiras, das gramíneas, a zona das azinheiras e arboretos exóticos.
Inicialmente, demora-se o olhar pelo Central Parterre e vamos espreitar a Escola de Jardinagem dos “Ginkgos”. Depois, desci o caminho até ao Lago e desviei para o Prado e aos espaços da “Quinta”, onde alguns animais pastavam calmamente.
O tempo voava e seguia agora pela extensa Rua de Bartolomeu Velho, para ir admirar a área de cultivo das Plantas Aromáticas e a estufa.
Chegavam as 14.00h e há que cumprir o horário estipulado para encerramento ao Público.
O tempo voava e seguia agora pela extensa Rua de Bartolomeu Velho, para ir admirar a área de cultivo das Plantas Aromáticas e a estufa.
Chegavam as 14.00h e há que cumprir o horário estipulado para encerramento ao Público.
Este agradável passeio valeu mesmo a pena.
Continua…
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09-08-2009 Fundação de Serralves (3)
História desta Instituição
A Fundação de Serralves está localizada no Parque de Serralves na cidade do Porto em Portugal, onde está instalado o Museu de Arte Contemporânea de Serralves e a Casa de Serralves.
A Fundação de Serralves foi criada em 1989, sendo o resultado de uma parceria entre o Governo Português, instituições públicas e privadas e particulares.
Originalmente espaços de habitação, privados e exclusivos, a Casa e o Parque são a expressão do desejo e a realização do sonho de Carlos Alberto Cabral (1895-1968), 2º Conde de Vizela.
Concluída em 1940, a Casa de Serralves foi mandada construir pelo segundo Conde de Vizela, Carlos Alberto Cabral. Até à abertura do Museu de Arte Contemporânea, em 1999, a Casa de Serralves acolhia as exposições realizadas pela Fundação. O edifício, cujo projecto final é da autoria do arquitecto português Marques da Silva, é considerado um exemplo único da arquitectura Art Déco em Portugal.
Em 1996, a Casa de Serralves foi classificada como imóvel de interesse público devido ao seu interesse arquitectónico.
O Parque de Serralves resulta de processos de desenho de uma paisagem ao longo de mais de um século, constituindo uma unidade temporal e especialmente complexa: vestígios de um jardim do século XIX, Quinta do Mata-Sete, Jardim da Casa de Serralves, paisagem do Museu de Arte Contemporânea de Serralves.
O projecto para o jardim da Casa de Serralves foi encomendado pelo Conde de Vizela ao arquitecto Jacques Gréber em 1932.
Texto: Wikipédia, a enciclopédia livre
Continua…
A Fundação de Serralves foi criada em 1989, sendo o resultado de uma parceria entre o Governo Português, instituições públicas e privadas e particulares.
Originalmente espaços de habitação, privados e exclusivos, a Casa e o Parque são a expressão do desejo e a realização do sonho de Carlos Alberto Cabral (1895-1968), 2º Conde de Vizela.
Concluída em 1940, a Casa de Serralves foi mandada construir pelo segundo Conde de Vizela, Carlos Alberto Cabral. Até à abertura do Museu de Arte Contemporânea, em 1999, a Casa de Serralves acolhia as exposições realizadas pela Fundação. O edifício, cujo projecto final é da autoria do arquitecto português Marques da Silva, é considerado um exemplo único da arquitectura Art Déco em Portugal.
Em 1996, a Casa de Serralves foi classificada como imóvel de interesse público devido ao seu interesse arquitectónico.
O Parque de Serralves resulta de processos de desenho de uma paisagem ao longo de mais de um século, constituindo uma unidade temporal e especialmente complexa: vestígios de um jardim do século XIX, Quinta do Mata-Sete, Jardim da Casa de Serralves, paisagem do Museu de Arte Contemporânea de Serralves.
O projecto para o jardim da Casa de Serralves foi encomendado pelo Conde de Vizela ao arquitecto Jacques Gréber em 1932.
Texto: Wikipédia, a enciclopédia livre
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09-08-2009 Fundação de Serralves (4)
Recordações de 2006 da “Caramulinha”
Serralves em Festa – 40 Horas “non stop”
Este ano, o programa decorreu nos dias 30 e 31 de Maio e, como sempre, com dezenas de eventos agendados, onde participam Companhias de renome Nacional e Internacional. Infelizmente, nem sempre é possível estarmos presentes nestes eventos desta instituição, que para nós são quem organiza o maior festival de expressão artística contemporânea em Portugal, com uma duração de 40 horas consecutivas e com actividades para todas as famílias e para todas as idades.
Deixamos aqui algumas recordações de 2006, um programa fantástico de dias maravilhosos que jamais esqueceremos!
Visitem esta Fundação que promove e incentiva as pessoas para um melhor conhecimento da Arte, da cultura geral e da diversão teatral e musical.
40 Horas “non-stop” 3 e 4 de Junho 2006
Deixamos aqui algumas recordações de 2006, um programa fantástico de dias maravilhosos que jamais esqueceremos!
Visitem esta Fundação que promove e incentiva as pessoas para um melhor conhecimento da Arte, da cultura geral e da diversão teatral e musical.
40 Horas “non-stop” 3 e 4 de Junho 2006
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