domingo, 30 de agosto de 2009

09-08-2009 PR1 Mondim de Basto (1)

Subida à Senhora da Graça e
4ª Etapa da Volta a Portugal em Bicicleta


Olá Amiguinhos

Queremos vos confidênciar que já há alguns anos planeávamos subir a pé o Monte Farinha, ou melhor, chegarmos ao alto da Senhora da Graça e assistirmos à chegada da carismática Etapa da Volta a Portugal em Bicicleta.
Este ano (talvez o factor principal dos adiamentos) os primeiros dias de Agosto trouxeram alguma frescura e decidimos: ou é agora ou nunca!


Em primeiro lugar – por incrível que pareça! – era um caminho dos Santuários edificados no cimo do monte que nos faltava percorrer. Só lá tínhamos ido em turismo de excursões e de carro. Conhecer a pé tantos locais de Mondim e não subir à Senhora da Graça, já era…pecado!

Segundo, porque correu tudo bem…começamos a subida cedinho, em passeio calmo e sereno, com o proposito de irmos contemplando todos os lugares por onde passávamos e o esplendor das vistas que a altitude nos proporcionava.

E em terceiro lugar, depois de um ascendente um pouco cansativo, sermos compensados com o Santuário de portas abertas e neste mesmo local assistirmos a esse grandioso evento que é a Volta a Portugal em Bicicleta. Tanta gente - milhares! E que espectáculo tão colorido!

Foi um programa para jamais esquecer e recomendarmos a quem gosta destas aventuras!
Na realidade – para nossa consolação! - as expectativas de sucesso foram coroadas de êxito.

A “Caramulinha” ficou feliz!

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09-08-2009 PR1 Mondim de Basto (2)

Subida à Senhora da Graça e
4ª Etapa da Volta a Portugal em Bicicleta


PR 1 Senhora da Graça

Extensão: 14,3 km.
Grau de dificuldade: Moderado.
Ponto de partida/chegada:Início e fim em Mondim de Basto,
junto ao parque florestal.
Itinerário: Percurso circular.

"O percurso inicia-se em Mondim de Basto junto ao parque florestal, subindo pelo caminho antigo em direcção à aldeia de Serra. Na parte final do caminho e quando a antiga calçada desemboca na calçada de paralelos, ruma-se à esquerda para Seixos Brancos e Trigal.

No Trigal continua-se a marcha subindo suavemente até à Capela de S. Gonçalo, no lugar de Campos.

Passada a capela, segue-se para o centro do lugar até ao cruzamento das alminhas, rumando à esquerda para o Monte Farinha e para o Santuário da Sra. da Graça.

No lugar de Carvalhas, após a ultima casa à direita, toma-se a calçada que seguirá sempre subindo, até ao Santuário.

À esquerda da pedreira, que aparece do lado direito, após 200 metros por asfalto, encontra-se o Castro Castroeiro, interessante motivo de visita. Do lado direito do caminho, um pouco acima desta pedreira, existe uma Fonte da Costa, local que convida a uma paragem para descanso.

Continuando a subida, e após a Fonte da Costa, chega-se à estrada asfaltada que sobe para o Santuário, percorre-se cerca de 500 metros, retomando-se à direita, o antigo caminho.

Após a passagem de três capelas chega-se finalmente ao Santuário da Sr.ª da Graça, local de grande devoção e de ancestrais peregrinações e do qual se obtém uma vista deslumbrante sobre as paisagens das Terras de basto, da Serra do Alvão e da Serra do Marão.

A descida faz-se pela vertente norte do Monte Farinha. Inicia-se nas traseiras do Santuário, descendo por umas escadinhas do lado direito que conduzem a uma rua de acesso à garagem. Daqui desce-se para a estrada asfaltada até se tomar o caminho antigo dos peregrinos das aldeias do Norte que conduz, mais abaixo, ao largo para estacionamento num lugar chamado Garganta do Palhaços.

Neste lugar toma-se à esquerda um caminho florestal que desce, e, passados 100 metros, um outro à direita que após os primeiros passos, se verifica ser uma calçada, um caminho de romaria e, também um autêntico monumento viário, alias como o que subindo de Campos chega à Sr.ª da Graça. Seguindo por este caminho, rapidamente se encontra a Pedra Alta, um megalito que alguém caiou de branco, talvez para servir como referência a quem percorria estas serranias.

Após o monumento geológico, atravessa-se um estradão e pelo mesmo caminho empedrado e após 300 metros chega-se a um caminho florestal. Ruma-se agora para a esquerda até este desembocar na estrada de asfalto que sobe para o Santuário. Não há alternativa. Estrada abaixo, passa-se pelo Clube de Parapente, chegando-se ao Parque de Merendas com o aqueduto ao lado esquerdo.
Continuando em frente, por larga estrada asfaltada, chega-se a um posto de abastecimento de combustível na EN312.
Sempre em frente, passados 100 metros, aparece-nos à direita uma antiga e pequena casa agrícola.

Aqui inicia-se um caminho antigo que desce até à estrada 1189 e que passa pelo interior dos lugares de Pedra Vedra, Montão e Lomba, chegando por fim a Mondim de Basto pela estação rodoviária e pelo Mercado municipal."

Texto: Folheto interpretativo PR1/ Câmara Municipal Mondim de Basto

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09-08-2009 PR1 Mondim de Basto (3)

Subida à Senhora da Graça e
4ª Etapa da Volta a Portugal em Bicicleta


A meio do percurso, desviamos e fomos visitar o Castroeiro.

Um pouco de História

Todo o Monte Farinha é um verdadeiro santuário de vestígios arqueológicos. Estão referenciados os Castros: do Castroeiro, do Pré-murado, da Plaina dos Mouros, dos Palhaços, e dos Palhacinhos; o antiquíssimo caminho em calçada medieval subindo desde o lugar de Campos até ao alto; insculturas rupestres de Campos, Rexeiras e Campelo.Ilídio Araújo publicou um estudo localizando no alto dos Palhaços a famosa cidade do ferro "Cininia ou Caninia", que ousou fazer frente às legiões romanas de Decio Juno Bruto, quando da conquista da Península Ibérica no século II AC. Contudo, Mondim Basto nunca foi conhecido arqueologicamente, nem nunca despertou interesse a esse nível, exceptuando a incursão de Henrique Botelho que nos finais do séc. XIX, dá conta de dois arqueosítios do concelho ainda hoje por cartografar.


Castro do Castroeiro na Senhora da Graça

(...) o Castroeiro apenas seria identificado no Verão de 1983, no decorrer dos trabalhos de prospecção de campo realizados no âmbito do Levantamento Arqueológico do concelho, pelo arqueólogo Dr. António Dinis.
O povoado do Castroeiro situa-se numa pequena elevação e localiza-se no lugar de Campos, na freguesia de Mondim de Basto, muito próximo do limite com a freguesia de Vilar de Ferreiros, no sopé do Monte Farinha.
De salientar o trabalho do arqueólogo A. Pereira Dinis em todo o estudo ligado ao património arqueológico do concelho que assume hoje uma especial importância cultural e um atractivo turístico do concelho. A Câmara Municipal editou em 2005 uma brochura de título "Crastoeiro- Mondim de Basto" , que está, desde essa altura, disponível no Posto de Turismo, cujos textos e imagens são do próprio Dr. Dinis.

A ocupação mais antiga situa-se na Idade do Ferro inicial, apontando-se os meados de séc. IV AC, como data provável. Nesta altura, os habitantes do Crastoeiro construíram cabanas, com materiais perecíveis, de planta circular, e cavaram fossas no saibro para conservarem as bolotas recolectadas e os cereais que cultivavam nos socalcos voltados à ribeira de Campos. A produção cerâmica, exclusivamente manual e de uma forma geral lisa, inclui potes e púcaros ou potinhos.O registo arqueológico mostra que, durante este período, foram desenvolvidas praticas da metalurgia do ferro, actividade que terá contribuído para o acelerado processo de desflorestação do habitat.
A descoberta de gravuras rupestres no Crastoeiro mostra que o sítio terá assumido o papel de santuário desenvolvendo-se aí actividades de foro ritual e simbólico.
Por volta do séc. II AC, o povoado transforma-se com a construção de uma imponente muralha, em pedra, demonstrativa de um incremento económico e capacidade organizativa. Embora persista a construção de cabanas, agora revestidas com argamassa de terra e acabamento pintado, começam-se a edificar casas em pedra, de planta circular ou rectangular com os cantos arredondados, por vezes com vestíbulos, conservando-se, porém, os pavimentos de argila e as coberturas em materiais vegetais. Mantendo-se a actividade recolectora e as práticas agrícolas, destaca-se também a pastorícia, talvez de gado lanígero, tal como é indiciado pelo espólio relacionado coma fiação. A cerâmica conhece inovações técnicas, pela utilização da roda, e aumenta o número de formas e a percentagem de recipientes decorados. Continua-se a documentar a produção metalúrgica do ferro e talvez se tenha trabalhado o bronze, fazendo-se uso dos recursos minerais locais.
O abandono do Crastoeiro terá ocorrido nos finais de séc. I, quando se processava a romanização do território. Nesta altura, as habitações, em pedra, evoluem para plantas tendencialmente rectangulares, mas mantêm o conservadorismo das suas coberturas. O espaço envolvente releva a floresta mais rarefeira devido ao desenvolvimento das actividades recolectoras e produtivas. Como nota mais importante salienta-se a maior integração do Crastoeiro na esfera de inter-câmbios supra-regionais tal como é sugerido pelo aparecimento de cerâmicas, moedas e contas de vidro de filiação romana. (Dinis, António Pereira, arqueólogo).

Texto (Resumo): Castro de Castroeiro/Câmara Municipal Mondim de Basto

09-08-2009 PR1 Mondim de Basto (4)

Subida à Senhora da Graça e
4ª Etapa da Volta a Portugal em Bicicleta


O Ciclismo também é uma modalidade fantástica!

Volta: Promessa cumprida!

João Cabreira venceu, ontem, no topo da Senhora da Graça. O ciclista do CC Loulé-Louletano repetiu o triunfo de 2006. Nuno Ribeiro (Liberty Seguros) é o novo camisola amarela, destronando Cândido Barbosa.
Foi uma vitória de fé, suor e lágrimas. Antes da Volta, João Cabreira foi ao santuário da Senhora da Graça e prometeu ali pôr um ramo de flores se vencesse a etapa. Assim foi. Depois da cerimónia do pódio, o trepador do CC Loulé-Louletano cumpriu a promessa e chorou. (...)


Classificação da 4ª Etapa

1º 51 CABREIRA, Joäo POR C.C.LOULÉ- LOULETANO 4:09:07 10"
2º 15 RIBEIRO, Nuno POR LIBERTY SEGUROS mt. 6"
3º 6 CARDOSO, Andre POR PALMEIRAS RESORT-PRI a 39 4"
4º 3 VITORINO, Nelson POR PALMEIRAS RESORT-PRI a 43
5º 131 SINKEWITZ, Patrik GER PSK WHIRLPOOL-AUTHOR a 43
6º 44 BERNABEU, David ESP BARBOT-SIPER a 43
7º 73 PIDGORNYY, Ruslan UKR ISD-NERI a 01:00
8º 23 SABIDO, Hugo POR L.A. - ROTA DOS MOV a 01:09
9º 61 CUNEGO, Damiano ITA LAMPRE - N.G.C. a 01:25
10º 25 SANTOS, Virgilio POR L.A. - ROTA DOS MOV a 01:49

E ao quinto dia, o primeiro momento decisivo desta Volta a Portugal 2009.
Pela segunda vez na sua carreira, depois do triunfo em 2006, João Cabreira foi o primeiro a cortar a meta no Alto da Senhora da Graça, em Mondim de Basto, vencendo assim a quarta etapa da 71ª Volta a Portugal.

Mais fotos do grandioso espectáculo









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09-08-2009 PR1 Mondim de Basto (5)

Subida à Senhora da Graça e
4ª Etapa da Volta a Portugal em Bicicleta


Poesia fascinante de Mondim de Basto



Até à próxima aventura!

domingo, 23 de agosto de 2009

Julgavas…

Então, que a poesia era um discurso
De palavras em sentido? Sei quanto a musa aprecia
Glória, poder e uniforme, quanto aguarda
O cavaleiro que produz.
A vida, afinal, anda lá fora, antes da folha
Ter passado a prensa;
A mais pequena arvore é verde eterna, comparada ao arbusto
Que, mal tocada a haste, se esvai em fumo.

Por isso eu fico lendo as crónicas, as lendas,
O jornal que, bem ou mal, cruza as palavras com o tempo,
E contudo! Quando o lábio se engana, solta
A mais aguda fífia do trombone,
E de repente o corpo sabe a gente, e então se diz:
Eis a verdadeira e pura poesia! Pois seria, talvez,
Somente a tua mão, cobrindo a folha.

Poema de António Franco Alexandre

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Já nem sei...


Já nem sei se o poeta
Enriquece
Ou empobrece
O mundo.

Talvez, se ninguém visse…
O mundo todo risse,
E o Verão
Não fosse mais
Que uma estação
De chegadas e partidas…
Uma espécie de mel
P’ra curar feridas.

Os poetas
Deveriam deixar de nascer!
Enquanto
Andarem à espreita,
O mundo não se endireita.

Ai, que vontade hoje tenho
De morrer…

Poema de Marília do Céu

domingo, 16 de agosto de 2009

18-07-2009 PR12 Terras de Bouro (1)

Trilho dos Moinhos de Santa Isabel do Monte
Rede de Percursos Pedestres “Na senda de Miguel Torga”


O Trilho dos Moinhos está muito bem sinalizado e inicia-se junto ao painel interpretativo, próximo à Capelinha das Nossas Senhoras do Socorro, das Necessidades e da Saúde. Situa-se, concretamente na aldeia de Campos Abades, a cerca de 12km de Santa Maria do Bouro.

Teve esta aldeia origem numa granja cisterciense, fundada pelos monges beneditinos do Mosteiro de Santa Maria de Bouro. Para além da Casa dos Bernardos, outros antigos imóveis que pertenciam a esta Ordem Religiosa encontram-se em recuperação para fins turísticos.
Podemos admirar os característicos canastros ou espigueiros, os palheiros e os currais dos porcos e das vacas que, quando chegamos pela manhã, vagueavam pelas bermas da estrada.

Um pequeno monumento mas, grande em histórias e lendas é o Cruzeiro ou Alminhas de Rebordochão. Sobressai à vista de toda a gente uma particularidade única: a cruz de pedra que lhe pertence não está colocada em cima do oratório mas ao lado deste. As gentes da região afirmam que já por diversas vezes a tentaram colocar no sítio certo mas no dia seguinte ela aparece de novo fora do lugar. Atribuem este mistério ao demónio porque, dizem eles, só pode ser obra do “mafarrico”, visto que é impossível uma ou duas pessoas deslocarem a Cruz de pedra tão pesada.

Para além de força motriz aos típicos moinhos, os cursos de água bordejam campos verdejantes de centeios e azevem, assim como as hortas contornadas por muros de pedra solta, fazendo fronteira aos caminhos que fomos calcorreando, intercalados por núcleos de frondosos bosques, onde se escondem grupos de garranos do Gerês, uma espécie característica do Noroeste de Portugal, que devemos preservar.

Este trilho é na realidade, duma beleza incrível. As duas componentes “Moinhos e Garranos” que hoje podemos admirar, fascinaram os elementos do grupo familiar “Caramulinha”!
Porque a totalidade da sua extensão é de aproximadamente 20 km, também nós resolvemos repartir este trilho por pelo menos duas partes, percorrendo nesta primeira abordagem ao trilho sensivelmente 8 km e regressando cerca das 13.00h a Campo de Abades, para relaxar e fazer uma ligeira refeição. (Por volta das 16.00h descemos para a Abadia.)
Quiçá, no Outono, regressaremos…

Para além da paisagem característica de Montanha, com enormes penedias, bosques e chãs de cultivo com algum pastoreio, é junto dos cursos de água, os Ribeiros da Ponte e de Rebordochão, braços que irão dar origem ao Rio Nava, afluente do Cavado, que este trilho assenta na verdadeira ascensão do nome que lhe atribuíram, os “Moinhos”.
Nesta curta extensão que percorremos do percurso, podem-se ver cerca de uma dúzia (de mais de quarteirão destes engenhos totalmente recuperados), preparados para o exercício dessa antiga e tradicional arte rural.

A actividade moageira foi, ao longo de séculos, uma fonte primordial de riqueza nestas regiões, onde sempre se cultivou o milho em abundância. É também muito importante como repositório de técnicas e saberes tradicionais. A recuperação destes moinhos é duma importância vital, quer no enquadramento paisagístico, quer ao nível turístico, sociológico e cultural. A arte de moleiro, caída em desuso por força da “evolução”, marcou para sempre inúmeras gerações. Passados séculos – quem diria! - um moinho ainda fascina e atrai tanta gente de diversos quadrantes sociais, com o propósito de o ver a funcionar e ouvir antigos moleiros a contar histórias e lendas que foram guardadas dos seus antepassados.
Garanto-vos que vale a pena percorrer este trilho e acrescentar ao rol dos mais belos da região do Gerês.

Até à próxima.

Beijinhos da “Caramulinha”

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18-07-2009 PR12 Terras de Bouro (2)

Trilho dos Moinhos de Santa Isabel do Monte
Rede de Percursos Pedestres “Na senda de Miguel Torga”

Um moinho de água, ou azenha, é um tipo de moinho movido pela água que permite moer grãos, gerar electricidade, irrigar grandes áreas e drenar terrenos alagados a partir da força da água.
Esta é a estrutura mais antiga conhecida de aproveitamento da energia cinética das águas dos rios e ribeiros.
Há centenas de anos que o movimento da água é usado nos moinhos. A passagem da água faz mover rodízios de madeira que estão ligados a uma mó (pedra granítica redonda muito pesada). Esta, mói o cereal (trigo, milho, cevada, aveia, etc.) transformando-o em farinha.
Actualmente as corredeiras e quedas da água são usadas principalmente para produzir energia eléctrica.
Hidro significa água. Energia hidráulica é a energia produzida através do movimento da água, podendo ser disponibilizada sob a forma de electricidade, ou directamente sob a forma de energia mecânica (movimento de rotação).
Quando chove nas colinas e montanhas a água escorre para os rios que se deslocam para o mar. O movimento ou a queda da água contém energia cinética e energia potencial que pode ser aproveitada como fonte de energia.
Normalmente constroem-se diques que param o curso da água acumulando-a num reservatório a que se chama albufeira ou represa. Noutros casos, existem diques (açudes) que não param o curso natural da água, mas obriga-a a passar por um desvio que a leva até o moinho.
A transformação da energia contida nos cursos de água em energia aproveitável pode ser feito por meio de uma turbina ou de uma roda de água.
Quando se abrem as comportas da barragem, a água presa passa pelas lâminas da turbina (ou pela roda de água) fazendo-a girar, usando a força motriz da água.
A partir do movimento de rotação da turbina o processo repete-se, ou seja, o gerador ligado à turbina transforma a energia mecânica em electricidade. Isto é o que acontece na maior parte das barragens.

Texto: Wikipédia, a enciclopédia livre

Mais fotos do Percurso







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18-07-2009 PR12 Terras de Bouro (3)

Trilho dos Moinhos de Santa Isabel do Monte
Rede de Percursos Pedestres “Na senda de Miguel Torga”


Nossa Senhora da Abadia

Localização: Lugar da Abadia
Distrito: Braga
Concelho: Amares
Freguesia: Bouro (Santa Maria)

Dista cerca de 5 km do Antigo Mosteiro de Santa Maria de Bouro, que é actualmente uma Pousada turística.
Foram os monges cistercienses do Mosteiro de Bouro que orientaram durante séculos a fé dos Peregrinos.Com as esmolas que estes deixavam, construiu-se o imponente Santuário de Nossa Senhora de Abadia.

À sua volta impera um espaço deslumbrante, oxigenada pelos plátanos enormes que marginam o terreiro que dá acesso ao adro do grande santuário e a vegetação do ribeiro que se escapa entre agrestes serranias, quebrando o silêncio religioso de um recanto de oração e lazer.

Em dias de silêncio, é talvez dos recantos mais bucólicos do Parque Nacional da Peneda/Gerês (PNPG).
O Rio Nava oferece-nos a canção das suas águas a caírem pelos penedos, com o seu afluente Combarraços, aumenta o convite à meditação e recolhimento. Para além das cachoeiras e cascatas do rio, sobressaem as belas fontes de água fresca sempre a correr. São conhecidas por: Fonte do Minhoto, Fonte do Bicho, Fonte de S. Miguel, Fonte de Trás dos Quartéis e a Fonte da Aparição.
Nossa Senhora da Abadia é uma invocação católica da Virgem Maria.
Esta devoção surgiu a partir de uma imagem proveniente do Mosteiro das Montanhas, em Braga, no ano de 883. A sua festa é comemorada a 15 de Agosto.

Neste lugar das Dornas, na vertente do Monte de S. Miguel, segundo uma antiga lenda, teria sido encontrada num penedo, por revelação miraculosa, uma imagem da Virgem Maria, a qual teria sido supostamente escondida, na altura das invasões Árabes…

«Situado em plena Serra do Gerês, o santuário de Nossa Senhora da Abadia é composto pela igreja, pelos edifícios destinados a acolher os romeiros, denominados por Casa das Ofertas e Casa dos Quartéis, pelo cruzeiro implantado ao centro do adro, e pelas capelas da Via Sacra que definem o percurso através do qual se acede ao santuário.
Segundo a tradição, terá sido uma aparição de Nossa Senhora, ocorrida no século XII, a motivar a edificação de uma primeira ermida, da qual não subsiste qualquer vestígio. O complexo que hoje conhecemos, e que terá sido construído no mesmo local do antigo templo, remonta ao século XVIII. A fachada principal da igreja é antecedida pelas torres sineiras, cuja base forma um exonártex aberto por três arcos correspondentes às três naves do interior. No segundo registo, as torres exibem cartelas que enquadram relógios e, ao centro, um arco abatido com pedra de armas na base e no topo, exibe um nicho com a imagem de Nossa Senhora da Abadia. As torres terminam em cúpula rematada por pináculo. No interior, as três naves são separadas por arcaria de volta perfeita, e cobertas por abóbada de cruzaria de ogivas em madeira pintada. Os arcos da nave principal são destacados pelas sanefas de talha rococó, dourada e policromada, que encontra no arco triunfal a sua composição de maior envergadura. As janelas recebem o mesmo tratamento, tal como os retábulos laterais e os colaterais que, executados na mesma época, dinamizam o corpo do templo. O retábulo principal, que ocupa a totalidade da parede fundeira da capela-mor, pertence à campanha da nave, exibindo uma tribuna de grandes dimensões com trono piramidal. O dinamismo e a leveza do tratamento da decoração interna contrasta vivamente com a austeridade do exterior, acentuado pelo tratamento da fachada em cantaria, e onde os elementos decorativos se concentram nas cartelas dos relógios, nas pedras de armas e no frontão central. Em ambos os lados do terreiro fronteiro à igreja, as acomodações dos peregrinos distribuem-se em dois volumes de planta rectangular, abertos por arcaria de volta perfeita no piso térreo e por colunata no superior, ao qual se acede por escadaria de cantaria. Confrontando com o templo, o cruzeiro assenta sobre base paralelepipédica, terminando com Cristo crucificado, coroando assim o percurso da Via Sacra.»

Texto: Rosário Carvalho

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