segunda-feira, 9 de junho de 2008

04-05-2008 PR1 Felgueiras (1)

Caminhos Medievais – 6 km / circular
Vila Fria – Pombeiro

Olá, Amiguinhos

Hoje a “Caramulinha” resolveu passear pelo Concelho de Felgueiras, mais concretamente em Vila Fria – Pombeiro, repleta de património edificado, testemunhos de arquitectura Gótica e Românica.

Aliás, esta região é parte integrante da “Rota do Românico”, um projecto criado para a divulgação do Património e todo o potencial turístico do Vale do Sousa.
O trilho pode iniciar-se junto ao Parque de Campismo, sitiado próximo do Rio Vizela.


Após caminharmos cerca de 1 km, chegamos à Ponte Romana do Arco, que ostenta nas guardas ao centro do tabuleiro um marco do Couto de Pombeiro, do sec.XVIII, no reinado de D. João V.


Há outro percurso com menor extensão, cerca de 3 km, e quem o quiser percorrer depois de admirar esta obra românica, assim como o açude e a azenha, deve enveredar pelo troço da Calçada Romana na margem esquerda do Vizela.
Atravessamos a ponte, bem preservada, avistando na outra margem as ruínas de um antigo núcleo habitacional, implantado à beira rio.


Fotografamos a azenha bem próximo do açude mas, o cheiro um pouco pestilento das águas do Vizela forçaram-nos a prosseguir o caminho sem demoras.
Prosseguindo pela margem direita, ladeada por campos agrícolas e estes circundados por choupos, salgueiros e amieiros, onde se agarram ou enforcam as castas do precioso néctar verde afamado que se cultiva nesta região.
Chegamos à Estrada Municipal e mais umas centenas de metros estamos na Ponte de Vila Fria, cuja primitiva construção datava do sec.XVIII, mas reconstruída de raiz no ano de 2005. As intempéries no Inverno rigoroso de 2000 tinham-na deixado praticamente toda destruída. Assim, no mesmo local, foi construída uma ponte de 5 arcos, com 6 pilares e 2 encontros.


A travessia entre as duas margens faz-se agora com total segurança.
Atravessada a Ponte de Vila Fria, inicia-se a parte do percurso que nos causou alguma desolação: não por ser um ascendente mas, esta Estrada Municipal em asfalto, onde agora circula bastante trânsito, com o consequente perigo de nela se caminhar, mesmo que correctamente pelo lado esquerdo e contra o sentido do transito, respira-se a sempre desagradável poluição libertada pelos escapes de automóveis e motociclos especialmente a subir para Pombeiro.


É muita a distância do percurso que se caminha pelo asfalto e é pena que não tenha havido outra alternativa por caminhos rurais e calçadas.
Não admira por isso, ao que nos informaram, que o PR2 Caminhos Verdes, que se percorre à vontade numa hora, seja o predilecto dos Campistas que ali se encontram a desfrutar do descanso e sossego do Parque.
Depois dessa infindável subida, chega-se ao cruzamento da direcção do Mosteiro e descemos uma calçada à Portuguesa onde já se avista ao longe o Imponente monumento.


A ele chegamos pela porta da antiga cerca, junto ao aqueduto e passando por um ribeiro.
Apraz-nos registar que toda a zona envolvente está a ser alvo de requalificação paisagística. Julgamos que no final desta empreitada tudo ficará mais belo, com melhores acessos ao Complexo Monumental e mais atractivo turisticamente.
Aqui nos detivemos a apreciar a traça de arquitectura primitivamente Românica, que ao longo dos tempos foi sofrendo alterações de restauro.
Prosseguimos e refrescamo-nos naquela apetecível fonte de água fresca, com uma singela estatua da Santa em granito, passando pelo antigo Cruzeiro de Pombeiro e entrando agora na Rua do Burgo, destaca-se adiante o antigo Seminário de Santa Teresinha onde antigamente se formavam os Padres.
Depois prossegue-se passando o Paço de Pombeiro, a Casa de Portas, do sec.XVIII e regressa-se ao Parque de Campismo, onde teve inicio esta Caminhada.

Continua …

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