segunda-feira, 30 de março de 2009

01-03-2009 MATOSINHOS (1)

II Feira da Protecção Civil

No passado dia 1 de Março, um agradável Domingo de Inverno, resolvemos passear por Matosinhos, mais concretamente pelo Parque Basílio Teles, em frente aos Paços do Concelho, onde durante três dias se desenrolou a 2ª edição da Feira da Protecção Civil.

Segundo uma descrição de balanço final deste evento por parte da Autarquia matosinhense, participaram cerca de cinco mil crianças de muitos agrupamentos escolares do concelho, nas mais diversas actividades.

O Município organizou este certame, tendo como um dos objectivos implementar e envolver a população do Concelho, especialmente a comunidade escolar, nos projectos de prevenção e segurança.


Embora no último dia, foram vários os pavilhões que visitamos ao longo da Feira da Protecção Civil, inclusive os de rastreio básico de saúde, como as tensões e capacidade visual.

Estiveram presentes, entre outras entidades, o Comando Distrital de Operações de Socorro do Porto, os Bombeiros Voluntários de S. Mamede de Infesta e de Leça do Balio, de Leixões e de Matosinhos / Leça.

Também o INEM e a Cruz Vermelha de Matosinhos, bem como uma Companhia de Salvamento Balnear, deram o seu contributo, quer em demonstrações de protecção, quer na divulgação de algumas “Noções Básicas” de segurança, serenidade e atitude espontânea correcta de acção, sempre que tivermos necessidade de actuar para nos salvarmos ou socorrer o próximo.

O Exército, com uma torre ambulante montada, proporcionou e orientou exercícios de escalada e slide. Deveras espectacular a atitude desmedida de muitos jovens.



Adoramos ver os desenhos e trabalhos realizados por diversas Escolas do Concelho, para o concurso da mascote “Protecção Civil”.

Neste tema “Segurança”, a veia poética de algumas crianças é tão deslumbrante quanto natural o seu querer que nos obriga a ensiná-las e acima de tudo, amá-las e protegê-las, respeitando-as!

Para todos que não puderam estar presentes, especialmente as crianças, deixamos neste humilde blogue, estas belas lembranças.

No final deste Evento, fica na memória aquela frase, em jeito de slogan:

"TODOS SOMOS PROTECÇÃO CIVIL"

Beijinhos da “Caramulinha”

Continua…

01-03-2009 MATOSINHOS (2)

II Feira da Protecção Civil

Poesia da Segurança

Nós somos crianças
Queremos crescer
E segurança
Temos de ter.

Em casa, na escola,
Na rua, no mar,
Na floresta as árvores
Devemos preservar.

Na escola aprendemos
A nos comportar
Regras e cuidados
E a saber Amar.

Na escola aprendemos
Como agir…
Se a terra tremer
Não vamos fugir.

Polícias, Bombeiros,
Nadadores salvadores,
Porque a nossa Vida
Vale mil valores!

Nós somos crianças
Queremos crescer
E segurança
Temos de ter.

Versos dos Alunos das Escolas de Matosinhos

quinta-feira, 26 de março de 2009

22-02-2009 PR8 V.P. AGUIAR (1)

Trilho do Vale do Corgo - 9km / Circular
Rede Municipal de Percursos Pedestres

Olá

Regressamos mais uma vez ao “Coração de Trás – os – Montes”, expressão muito curiosa dos habitantes do Concelho de Vila Pouca de Aguiar.
O dia esteve magnifico para a prática do Pedestrianismo, caminhando relaxadamente ao longo deste vale verdejante e deste rio deveras bucólicos.

Ficha Técnica do Percurso

Nome do Percurso: Trilho do Vale do Corgo
Entidade Promotora: Município de Vila Pouca de Aguiar
Âmbito do Percurso: Ecológico-Paisagístico
Ponto de Partida/Chegada: Junto à Estrada Municipal de acesso a Zimão
Distância Percorrida: 9 km
Duração do Percurso: 4h00m
Grau de Dificuldade: Fácil/Moderado
Cota Máxima Atingida: 850 metros (Encosta do Roxo)

«O “Trilho do Vale do Corgo” é um percurso que se localiza no extremo sul do concelho de Vila Pouca de Aguiar, precisamente no Vale do Rio Corgo e envolve parte do território da Freguesia de Telões.

A história do povoamento desta freguesia remonta a épocas anteriores á Fundação da Nacionalidade, pois inúmeros são os vestígios deixados pelos povos do megalítico, pelos castrejos, romanos, godos e árabes.

D. Afonso III, o Bolonhês, no dia 10 de Junho de 1255, concedeu carta foral a Telões. Como curiosidade cultural importa referir que a freguesia de Telões possui uma das bandas musicais mais antigas de Portugal, a Banda do Pontido, a qual terá sido fundada em 1765.

O percurso pedestre “Trilho do Vale do Corgo” tem início junto à estrada Municipal 1165, a 750 metros do km 43 da Estrada Nacional 2 e a cerca de 500metros de Zimão.

O caminho segue por entre os férteis campos de cultivo, bordejados por exemplares de carvalho-alvarinho (Quercus robur), de amieiros (Alnus glutinosa) e de cerejeiras ou cerdeiras (Prunus avium), conduzindo-nos até à ermida de S. Gonçalo.

Daqui, seguimos por um caminho paralelo ao rio Corgo e que nos leva até à aldeia de Gralheira, de onde seguimos em direcção ao campo de jogos, para passarmos ao seu lado esquerdo e continuarmos, em direcção a Tourencinho.


Percorrendo as suas ruas, pelo interior do aglomerado, vamos subindo, calcorreando caminho por entre grandes maciços graníticos, formações geológicas que caracterizam a paisagem.


Pouco depois cruzamos a Ribeira de Châ de Vales, pelo açude, o caminho desemboca numa estrada florestal, onde viramos á esquerda em direcção ao marco geodésico do Roxo.


O caminho florestal vai mantendo a mesma cota e leva-nos a percorrer o trilho com serenidade. Passados cerca de três quilómetros e meio, descemos por um caminho que se abre à nossa esquerda e que conduz ao lugar de Zimão.

Depois de visitarmos o lugar, seguimos pelo interior da aldeia e tomando a estrada principal que nos conduzirá ao ponto de partida deste belo percurso.»

Texto : Folheto Inform. do Percurso/ C.M.Vila Pouca de Aguiar (compilação)

Continua...

22-02-2009 PR8 V.P. AGUIAR (2)

Trilho do Vale do Corgo - 9km / Circular
Rede Municipal de Percursos Pedestres


Notas da “Caramulinha”

Itinerário de Via Romana

Ao longo do trilho pela encosta do Roxo, fomos calcorreando caminhos medievais tão antigos, (caminhos de pé posto) sabendo-se que nestas imediações passava uma antiga via Romana que ligava Vila Pouca de Aguiar a Chaves, «(…) proveniente da Ponte de Cidadelhe e pela calçada de Chã de Guilhado, Alto da Presa, até Cabeços de Negrelo. Depois seguia por Pedras Sarnosas, continuava na curva de leste de Zimão, Gralheira, Tourencinho, passando à Nª.Sª. do Extremo, para Cerejeira e calçada de Sainça (…)»

Compilação de texto/fonte: Vias Romanas

Linha do Vale do Corgo

Um pouquinho de história

O troço desta antiga linha ferroviária, entre Vila Real e Chaves (com excepção da já funcional “ciclovia” entre Vila Pouca de Aguiar e Pedras Salgadas, numa extensão de 6km), está praticamente ao abandono.

Em Tourencinho, surpreendentemente, deparamo-nos com a casa que foi uma antiga Estação da CP muito bem preservada, pois é nela que funciona a sede da Associação Cultural e Desportiva Tourencius dos Xudreiros.
Oxalá víssemos no futuro mais casas de antigas Estações recuperadas e preservadas, dando utilidade a esses imóveis – são tantos! – e alguns tão belos.
Este caso é na realidade um exemplo a seguir.
Outrora, o comboio proveniente da Régua, chegava a Vila Real depois de percorrer 26 km.

De seguida parava na Estação de Abambres, ao km 29, tendo mais à frente o Apeadeiro da Cigarrosa. Depois passava em Fortunho, ao km 35, para deixar e recolher mais passageiros da Samardã. Chegava, então, a este belo lugar de Tourencinho, já com 45 km percorridos, para parar 3 km mais ali à frente em Zimão. Daqui seguia para Parada de Aguiar, chegando a Vila Pouca de Aguiar, sede deste Concelho, já com 54 km a desgastar carris, consumindo o carvão e água que fabricava a energia a vapor.

Algumas datas históricas da Linha do Vale do Corgo:

A 1 de Abril de 1906, foi aberto oficialmente o troço Régua – Vila Real.
Em 12 de Maio do mesmo ano, foi inaugurado o “Serviço Comercial” neste mesmo troço.
No ano seguinte, a 15 de Julho de 1907, o comboio chega pela primeira vez a Pedras Salgadas, revolucionando e ajudando a aumentar a procura das Termas.
Só a 29 de Agosto de 1921 é que o comboio chegou a Chaves.
Seis anos depois, a CP tomou de arrendamento as Linhas dos Caminhos de Ferro do Estado, por decreto deste mas, entrega a Linha do Vale do Corgo à exploração da Companhia Nacional de Caminhos de Ferro.
É considerada a partir de 1947 dentro da “Rede Ferroviária Nacional, sendo agora explorada só pela CP.

Todavia, a data mais triste, foi o dia 1º de Janeiro do Ano de 1990, em que o Estado decreta o encerramento do troço Vila Real – Chaves, ficando apenas a circular comboios, em menor quantidade, entre a Régua e Vila Real.
Hoje, fala-se no encerramento deste troço, quiçá na componente paisagistica, o mais belo que existe em Portugal.
Será que vem aí mais noticias tristes?!

Compilação de texto sobre pesquisas: Linha do Corgo/CP

No final desta maravilhosa etapa pela Natureza, terminamos no Restaurante “A RECTA” com um excelente «Cozido à Portuguesa».

Sepulturas Medievais

Antes de regressarmos, ainda fizemos um pequeno desvio até à localidade de “Povoação”,em plena Serra do Alvão, para aí visitarmos a necrópole da região.
Este aglomerado de sepulturas antropomórficas escavadas na rocha é um registo do passado, importante e histórico!

Façam Boas Caminhadas, pela vossa saúde!

Até à próxima.

Continua…

22-02-2009 PR8 V.P. AGUIAR (3)

Trilho do Vale do Corgo - 9km / Circular
Rede Municipal de Percursos Pedestres

O Rio Corgo

O Rio Corgo é um afluente da margem direita do imponente e mistico Rio Douro.
Começa a formar o caudal lá para lados de Jales, Três-Minas, também Freguesias do Concelho de Vila Pouca de Aguiar, passando por Santa Marta de Penaguião e por Vila Real.
Entrega as suas águas ao Douro junto à cidade do Peso da Régua.
O Município de Vila Real publicou no seu boletim um artigo em que dizia:
«…a Quercus realizou um Estudo de âmbito nacional em 14 rios e ribeiras de norte a sul do País, onde pretendia apurar a qualidade da água em Portugal. Deste estudo, no entanto, saíram alguns resultados que contrariam o cenário menos bom das águas dos rios portugueses, sendo o Rio Corgo, em Vila Real, um dos 4 analisados onde a qualidade da água é boa, segundo o estudo apresentado no passado dia 1 de Outubro, dia Nacional da Água.
Recorde-se que estes resultados agora obtidos pela Quercus, vão ao encontro do que o próprio Instituto da Água, entidade nacional que supervisiona a qualidade da água, ao reconhecer que a mesma apresenta ainda índices muito baixos em Portugal. Os esgotos domésticos que não têm ou têm um tratamento deficiente, o abandono de resíduos que contaminam as linhas de água e as infiltrações de adubos e pesticidas utilizados na agricultura, são apontados pela Quercus como os principais focos de poluição.

Continua…

22-02-2009 PR8 V.P. AGUIAR (4)

Trilho do Vale do Corgo - 9km / Circular
Rede Municipal de Percursos Pedestres


Poesia

« Vou e venho, perco-me por lá e encontro-me aqui! »
Miguel Torga


Marcha de Vila Pouca de Aguiar

Coro:

Ó Vila Pouca
Terra sem par!
A minha boca
Já anda rouca
De te cantar!
Tão pequenina
Ouço dizer
Mas diz-me a sina
Que, se és menina,
Serás mulher!

I
Em graça e singeleza
Tu és a princesa
De entre as terras de Aguiar!
Gaiata e sorridente
Tens p’ra toda a gente
Um sorriso em cada lar.

Não sei donde vieste,
Ou se renasceste
Da romana Urbe, não sei!...
Mas dizem tradições
Que és terra de heróis
E berço de nobre Grei!

II
A rir, de lés a lés,
Abre-se a teus pés
Esse vale verdejante!
De lado, o Roxo e o Facho
Olham para baixo,
De atalaia vigilante.

Ao longe o teu castelo,
Como já foi belo,
Quando com ele casaste!...
E o Corgo todo escolhos
Nasceu nos teus olhos
Das lágrimas que choraste!

III
Teus ricos pergaminhos
Ah! Já tão velhinhos
Custaram sangue e valor.
Não há mais alta glória
Que a de ter na História
Um ilustre Imperador!

E Almeida – o Decepado –
Também é contado
Entre os nobres filhos teus.
Outrora gloriosa,
Hoje tão formosa,
Foi assim que te quis Deus!

Fantástico poema da autoria do
Dr. Henrique J. S. Ferreira

quinta-feira, 19 de março de 2009

21 de Março – Dia Mundial da Poesia

Vendaval

Ó vento do norte, tão fundo e tão frio,
Não achas, soprando por tanta solidão,
Deserto, penhasco, coval mais vazio
Que o meu coração!

Indômita praia, que a raiva do oceano
Faz louco lugar, caverna sem fim,
Não são tão deixados do alegre e do humano
Como a alma que há em mim!

Mas dura planície, praia atra em fereza,
Só têm a tristeza que a gente lhes vê
E nisto que em mim é vácuo e tristeza
É o visto o que vê.

Ah, mágoa de ter consciência da vida!
Tu, vento do norte, teimoso, iracundo,
Que rasgas os robles — teu pulso divida
Minh'alma do mundo!

Ah, se, como levas as folhas e a areia,
A alma que tenho pudesses levar -
Fosse pr'onde fosse, pra longe da idéia
De eu ter que pensar!

Abismo da noite, da chuva, do vento,
Mar torvo do caos que parece volver -
Porque é que não entras no meu penssamento
Para ele morrer?

Horror de ser sempre com vida a consciência!
Horror de sentir a alma sempre a pensar!
Arranca-me, ó vento; do chão da existência,
De ser um lugar!

E, pela alta noite que fazes mais'scura,
Pelo caos furioso que crias no mundo,
Dissolve em areia esta minha amargura,
Meu tédio profundo.

E contra as vidraças dos que há que têm lares
Telhados daqueles que têm razão,
Atira, já pária desfeito dos ares,
O meu coração!

Meu coração triste, meu coração ermo,
Tornado a substância dispersa e negada
Do vento sem forma, da noite sem termo,
Do abismo e do nada!

Poema de Fernando Pessoa

Vila Nova, 3 de Dezembro de 1935 – Morreu Fernando Pessoa.
Mal acabei de ler a notícia no jornal, fechei a porta do consultório e meti-me pêlos montes a cabo. Fui chorar com os pinheiros e com as fragas a morte do nosso maior poeta de hoje, que Portugal viu passar num caixão para a eternidade sem ao menos perguntar quem era.

Palavras de Miguel Torga

quarta-feira, 18 de março de 2009

19 de Março – Dia do Pai

ABISMO

Já viram um abismo? A fundura, as ravinas, o tudo, o nada?
O mundo deles é um abismo escuro e desconhecido!
Já os viram caminhar, beber, falar?
Já os viram comer dum tacho, com a mulher e os filhos?
Já os viram chorar, por não ter pão?
Um homem a chorar!
Já viram chorar um homem?
Já os viram rotos, de camisa suja e receita na mão, sem ter dinheiro para remédios?
Ravinas, funduras, sombras, escuro… abismo!
Este mundo da classe operária, desconhecido e esquecido!
Com falta de Deus e de pão!

O Inácio tem seis filhos, são oito pessoas a comer… e ganha… aquela miséria por dia.

Que come o Inácio e os filhos?

Texto: Telmo Ferráz

segunda-feira, 16 de março de 2009

Águia “Imperial” abatida a tiro!

No passado mês de Fevereiro foi encontrada numa área de caça associativa em Castro Verde, na região de Mértola, uma Águia-imperial ibérica (Aquila adalberti) já cadáver, que foi abatida a tiro próximo do seu ninho, ao que tudo indica, a curta distância do solo, portanto, perfeitamente distinguível aos olhos do criminoso.
A Águia-imperial é das aves mais raras do mundo!
Segundo o (ICNB) Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade, esta águia em causa, um macho do único casal da espécie que nidificou em Portugal no ano passado, deve ter sido abatida entre os dias 21 a 23, indícios retirados das duas necrópsias que foram efectuadas e que revelaram ter sido atingida por chumbos de caçadeira, o que levou este organismo (ICNB) a apresentar uma queixa-crime ao Ministério Público contra "pessoas incertas".
Também a SPEA, uma Organização não Governamental e sem fins lucrativos que à muito se dedica ao estudo e conservação das Aves e dos seus Habitats em Portugal, considera ser indispensável que este atentado contra a natureza seja averiguado e que os responsáveis sejam punidos.
Este acontecimento é profundamente lamentável e é motivo para que se crie uma Lei que proteja e conceda responsabilidades na monitorização e protecção da fauna selvagem em perigo de extinção, existentes dentro das Zonas de Caça.
Mais dramática esta notícia é e nos choca profundamente, foi terem os peritos retirado de dentro do corpo do animal 11 chumbos com um diâmetro de 3,5 mm cada, disparados com caçadeira, contrariando a primeira hipótese avançada de hipotético envenenamento.
Até o próprio Presidente da Associação de Caçadores reconhece que «… para mim não foi um acidente! Alguém abateu a ave propositadamente!»
Como é possível não se amar estes seres tão belos e atirar a matar sem dó nem piedade?!
Tantos tiros, meu Deus!
Quem assim procede, sem escrupulos, contra a vida de um ser vivo, é um criminoso que não pode ser considerado “alguém”!
Como é possível preservar a Natureza com atentados destes?!
Isto é tão grave por se tratar de uma espécie em vias de extinção!
Ainda há pouco tempo, avistamos na região do Vouga, a pairar bem lá no céu azul, uma ave de grande porte, que nos pareceu ser uma águia. Como nos sentimos tão felizes por tê-la avistado!
Como me lembra daquele fantástico programa sobre a fauna Ibérica, “O homem e a terra” da autoria de Félix Rodrigues de La Fuente, o grande naturalista, que graças ao seu trabalho foi criado o primeiro programa para a protecção e conservação destas aves de rapina de grande porte, que já nos anos 70 começavam a regredir.
Nalgumas das nossas caminhadas pelas florestas portuguesas, mesmo com o máximo de silêncio possível, já é tão difícil avistar-se animais selvagens e muito raramente aves de rapina, pois praticamente já não os há. E os que há escondem-se cada vez mais do ser humano!
Noutras ocasiões, nomeadamente após a abertura da época da caça, assistimos a um indescritível numero de caçadores a invadir os montes com carros e seus atrelados carregados de cães coelheiros, que afugentam toda a fauna nela existente.
Os tiros provenientes do interior da floresta entoam nos nossos ouvidos, qual reflexo da atitude que ao longo dos tempos o homem inventou com o propósito de entretenimento e que o levou em muitos casos a dizimar tantas espécies, deixando perdas irreparáveis!
Digam-me, por favor, se não é mais belo passearmos pela floresta e nela avistarmos os animais selvagens no seu habitat natural?!

Porque é que só se lê e houve falar de caça? Caça! Caça!

Que tristeza!

Ái!...as desgraças humanas!

domingo, 8 de março de 2009

15-02-2009 PR3 Sever do Vouga (1)

Rota das Laranjeiras – 9,5 km / Circular
Rede de Percursos Pedestres de Sever do Vouga

Olá

Depois de há cerca de um ano termos percorrido o PR2 “Cabreia e Minas do Braçal” da Rede de Percursos Pedestres de Sever do Vouga, regressamos hoje a esta região para mais uma bela caminhada, no deslumbrante Vale do Vouga.
É um trilho fácil de percorrer e repleto de componentes paisagísticas e históricas.


«…O PR3 "Rota das Laranjeiras" inicia-se no largo fronteiro à Igreja Matriz de S. Martinho, em Pessegueiro do Vouga.
Ruma-se dali para o Calvário, primeiro subindo pela rua da escola da Lomba até à estrada nacional que se atravessa, seguindo-se a rua do Alto da Forca e depois uma vereda.

Do Calvário obtêm-se uma bela panorâmica sobre os lugares que constituem o núcleo principal de Pessegueiro, até ao Vouga e, do lado de lá, terras da Serra da Paradela.


Desce-se agora até à estrada nacional pela rua do Calvário, tomando-se de imediato, à direita uma rua que sobe e que conduz a antigos caminhos entre quintais que descendo atingem o largo de Sto. António pela ruela do Ribeiro do Sóligo.



Toma-se agora a rua da Bandeira por onde rapidamente se chega à capela de Sta. Quitéria.
Visitado o local toma-se, agora, à esquerda da capela, abaixo da escadaria que lhe dá acesso, um caminho por entre floresta que conduz à antiga via-férrea do Vouga.


Aqui chegado, o percurso percorre, à esquerda, a antiga linha agora em forma de asfalto reservado a trânsito pedestre, equestre e ciclista até se chegar à ponte do Poço S.Tiago.


Antiga ponte ferroviária de arcos, do princípio do séc. XX, construída em alvenaria.



Atravessada a ponte, segue-se até à antiga estação de Paradela e à antiga Fábrica de Massas Alimentícias "Vouga".


Agora desce-se pela estrada nacional EN 328, passa-se pelo acesso â Quinta do Barco - praia fluvial e parque de diversões - atravessando-se outra vez o Vouga após o que se toma a estrada nacional 16, ao longo do rio, para a esquerda.


Do lado direito da rua, antes da farmácia, toma-se uma estreita ruela em escadaria - a calçada da Barquinha - que segue depois por um estreito caminho entre quintais salpicados de laranjeiras.


Atinge-se agora o lugar da Barquinha em escadaria sobre o Vouga, toma-se a rua do mesmo nome para a esquerda e depois um caminho antigo que atravessa os campos até ao Porto Carro.
Aqui, toma um antigo caminho que leva de novo à Igreja Matriz, onde se iniciou.»


Texto: Folheto do Percurso/C.M.Sever do Vouga

Continua…