Percurso do Cunhedo – 4km / Circular
Poesia
Atirávamos pedrasà água para o silêncio vir à tona.
O mundo, que os sentidos tonificam,
surgia-nos então todo enterrado
na nossa própria carne, envolto
por vezes em ferozes transparências
que as pedras acirravam
sem outro intuito além do de extraírem
às águas o silêncio que as unia.
Poema de Luís Miguel Nava
Caminho
sem pés e sem sonhos
só com a respiração e a cadência
da muda passagem dos sopros
caminho como um remo que se afunda.
Os redemoinhos sorvem as nuvens e os peixes
para que a elevação e a profundidade se conjuguem.
Avanço sem jugo e ando longe
de caminhar sobre as águas do Céu.
Poema de Daniel Faria
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