sábado, 16 de agosto de 2008

19-07-2008 Mixões da Serra (3)

Caminhos de Santo António - 10 km / circular
Mixões de Cima – Paçô (Igreja de Salzeda) - Mixões de Cima

A Caminhada

Saímos de Vila Verde às 08.30H, depois de um agradável pequeno-almoço com o saboroso pão regional e seguindo pela estrada na direcção dos Arcos, direccionamo-nos para a Portela de Vade. Aí, tomamos a estrada de Aboim da Nóbrega até Mixões da Serra.

Depois da contemplação ao Imponente e maravilhoso Santuário, a nossa fértil imaginação diz-nos que a placa do trilho está ali, na berma do caminho, embora os outros elementos do Grupo não a consigam ver.

Iniciamos o percurso por um de muitos caminhos que existem ao longo das encostas da Serra que, após umas centenas de metros ainda limpo na fase inicial, este surge-nos por mais de um quilómetro completamente cerrado pelas enormes giestas, tojos, silvas e demais vegetação semi-rasteira, que com o desuso de se caminhar por estes antigos trilhos, outrora calcorreados por Peregrinos, Romeiros e Pastores com seus gados, proliferam abundantemente, não deixando, inclusive, que se veja os desníveis do solo como praticamente nada à nossa frente, salvo aqui e ali algumas clareiras para metermos a cabeça de fora e espreitar a serra.

Nada que não estejamos já habituados, inclusive em percursos sinalizados e homologados pelas entidades competentes que depois esquecem as limpezas dos trilhos. Mas, isso são contas de outro rosário e quem quer como nós, caminhar, tem que se sujeitar, redobrar cuidados e ter mais atenção para evitar acidentes.

Depois, este descendente leva-nos até Paçô e daí ao lugar de Salzeda, por onde cerramos fileiras entre ramadas, campos de cultivo e de pastagens do gado barrosão, a raça autóctone destas regiões.

Para fugirmos à estrada, no regresso agora em fase ascendente, embrenhamo-nos por um pequeno bosque, saindo depois ao carreiro que passa pelos currais do gado do Sr. Manuel Domingos, com mais outra senhora nas lides do campo.

Estes sugeriram um estradão de terra batida, ladeado por pequenos cursos de água, onde nos fomos refrescando enquanto fazíamos pequenas paragens para descansar e ingerir bastante água (até esta se esgotar), pois com o avançar das horas o calor foi apertando e não víamos a hora de terminar este improvisado trilho que com uma pequena dúvida aqui ou ali até nos correu bem.

Os dois últimos quilómetros foram percorridos pela estrada de asfalto e a chegada ao Santuário, com aquele “secão” foi um pouquito penosa, daí nos saber como um líquido divino toda a água que no final emborcamos naquela Fonte Santa de Mixões da Serra.
Como nos soube tão bem chafurdar naquela água pura e fresca que jorra há tantos anos e mata a sede a milhares de peregrinos e fiéis devotos de Santo António!

Sentados ao seu lado, naquele muro granítico, debaixo da frescura e da sombra das frondosas arvores e defronte do escadório, lanchamos com redobrado apetite e saboreando a nosso belo prazer.
Um grupo de escuteiros convivia e cantavam cânticos da Santa Igreja.

Ali à frente, os garranos passavam num galope estonteante.

As gentes locais ou de passagem, enchiam cântaros e baldes daquela água leve e fresca que a Mãe Natureza ali oferece.

Após largos e bons momentos de merecido descanso, regressamos a Vila Verde e por estar muito calor, mais uma vez fomos banhar-nos e divertir-nos nas águas do Cávado, na Praia Fluvial do Faial, na Vila de Prado, deixando para a próxima oportunidade uma visita ao Pároco de Valdreu, que respeitamos e admiramos por tudo que tem feito por estas gentes e pela divulgação destas belas terras, principal responsavel e incrementador da organização da “Bênção dos Animais”. Bem haja!

Que Santo António a todos proteja e nos defenda
de “pestes” e de “lobos”!

Boas caminhadas por este Portugal maravilhoso!

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