Voltei àquela Aldeia que um dia conheci numa caminhada e perante tanta beleza que os meus olhos viram, chamei-lhe, naquele dia, a “Aldeia das Flores”.
Era tudo tão lindo, numa diversidade de perfume embriagante das árvores e das flores, tudo multicolor, com o verde da relva dos jardins em fundo de tela.
Hoje, nem queria acreditar no lugar desolador com que deparei, ao ver que naquela Aldeia tiraram as flores dos jardins e colocaram cubos de pedra sobre a forma de figuras geométricas abstractas, no chão de betão que agora cobre o que outrora foram deliciosos canteiros.
Os autarcas “urbanus” de agora trocam as flores pelos euros.
Para cortar nos orçamentos (consideram serem estes os mais dispendiosos!) eliminam o que é belo e agradável para as populações. O que interessa é cortar!
Com isto, as pombas que rolavam e os pardais que entoavam melodias nas copas das árvores, fugiram.
Estão lá, no mesmo lugar, cestos dos papéis, pedregulhos e cimento armado.
Nem flores, nem pássaros, nem as árvores que hoje nos dariam aquela sombra amiga, para estar a ler um livro.
Ali ao lado, pelos modernos passeios, as pessoas passam a correr e já nem olham.
Sem ter necessidade de escavar, encontro a céu aberto, vestígios do “homo-urbanus”!
Como fico tão triste!
Ái! Se eu pudesse (porque tenho medo da autoridade!), colocava naquele local um cartaz com estas palavras:
«Tu que passas a correr, e não tens tempo para olhar o Sol, um dia sobe ao cume de um monte e contempla toda a beleza das árvores, dos pássaros e dos rios!»
Não irás aguentar de felicidade e aí as lágrimas te escorrerão pela face!
Mas… como simples amante da Natureza, infelizmente só tenho que digerir este inconformismo e apenas meditar nas palavras do poeta:
«Ái! As desgraças “humanas” destas paisagens iguais!»
Titulo “homo-urbanus”
da autoria de Fernando Vilarinho (Pedestrianismo e Percursos Pedestres)
Textos da “Caramulinha”
Era tudo tão lindo, numa diversidade de perfume embriagante das árvores e das flores, tudo multicolor, com o verde da relva dos jardins em fundo de tela.
Hoje, nem queria acreditar no lugar desolador com que deparei, ao ver que naquela Aldeia tiraram as flores dos jardins e colocaram cubos de pedra sobre a forma de figuras geométricas abstractas, no chão de betão que agora cobre o que outrora foram deliciosos canteiros.
Os autarcas “urbanus” de agora trocam as flores pelos euros.
Para cortar nos orçamentos (consideram serem estes os mais dispendiosos!) eliminam o que é belo e agradável para as populações. O que interessa é cortar!
Com isto, as pombas que rolavam e os pardais que entoavam melodias nas copas das árvores, fugiram.
Estão lá, no mesmo lugar, cestos dos papéis, pedregulhos e cimento armado.
Nem flores, nem pássaros, nem as árvores que hoje nos dariam aquela sombra amiga, para estar a ler um livro.
Ali ao lado, pelos modernos passeios, as pessoas passam a correr e já nem olham.
Sem ter necessidade de escavar, encontro a céu aberto, vestígios do “homo-urbanus”!
Como fico tão triste!
Ái! Se eu pudesse (porque tenho medo da autoridade!), colocava naquele local um cartaz com estas palavras:
«Tu que passas a correr, e não tens tempo para olhar o Sol, um dia sobe ao cume de um monte e contempla toda a beleza das árvores, dos pássaros e dos rios!»
Não irás aguentar de felicidade e aí as lágrimas te escorrerão pela face!
Mas… como simples amante da Natureza, infelizmente só tenho que digerir este inconformismo e apenas meditar nas palavras do poeta:
«Ái! As desgraças “humanas” destas paisagens iguais!»
Titulo “homo-urbanus”
da autoria de Fernando Vilarinho (Pedestrianismo e Percursos Pedestres)
Textos da “Caramulinha”
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