Rede de Percursos Pedestres
Santa Marta de Penaguião
Notas da Caramulinha (A)
1) Sensivelmente a meio do percurso e depois de algum descanso contemplamos toda a paisagem infinita ao redor da Ermida de S. Pedro (S. João de Lobrigos), onde nos encontrávamos a uma altitude de 442 metros do nível do mar.
O trilho prossegue pelos caminhos que ladeiam os vinhedos do espaço duma quinta, respirando-se um perfume embriagador de dourados cachos que pendem das castas, qual exercito de milhões, estaticamente esbeltos. Verificávamos que nalguns socalcos ainda estava tudo por vindimar, mas não vimos, ao contrário de outros locais que fomos passando, nem viaturas, nem ninguém no interior deste espaço.
Sempre a descer para Vila Maior, num ápice chega-se a um portão e para nosso espanto, este encontra-se fechado com cadeado e a loquete.
Sempre a descer para Vila Maior, num ápice chega-se a um portão e para nosso espanto, este encontra-se fechado com cadeado e a loquete.
Mas, então? Este não é um Percurso Pedestre sinalizado e homologado pelas Entidades competentes, nomeadamente a Câmara Municipal de Santa Marta e a FCMP ?! – dissemos nós.
Naquele momento ocorreu-nos palavras que ao longo da semana ouvimos e lemos, relativamente a algumas iniciativas para os dias 27 e 28, referentes ao Dia Mundial do Turismo:
«ALTO DOURO VINHATEIRO
Abrem-se as portas no Douro!
Venham visitar as Quintas, as Caves e as Adegas e provar “gratuitamente” o genuíno Vinho do Porto!
Queremos promover este momento marcante desta região: as Vindimas!»
Naquele momento ocorreu-nos palavras que ao longo da semana ouvimos e lemos, relativamente a algumas iniciativas para os dias 27 e 28, referentes ao Dia Mundial do Turismo:
«ALTO DOURO VINHATEIRO
Abrem-se as portas no Douro!
Venham visitar as Quintas, as Caves e as Adegas e provar “gratuitamente” o genuíno Vinho do Porto!
Queremos promover este momento marcante desta região: as Vindimas!»
E nós, ali naquele lugar, incrédulos, só nos restou contornar o portão e do muro de dois metros descemos a escorregar por um poste de betão, fazendo alguns arranhões no braço.
Para as pessoas que naquela altura ali passavam, por Vila Maior, e nos viram fechados e a saltar de um muro, com certeza chegamos a parecer “aqueles” que invadem propriedades alheias com fins condenáveis.
Deve ser uma cena já repetitiva aos olhares destas gentes, pois ninguém nos fez qualquer observação, limitando-se a olhar.
Já do lado de fora, a sinalética indica a continuação do Trilho do Corgo, agora na direcção da Igreja de Vila Maior.
Será esta uma situação normal?
Será esta uma situação normal?
2) Jamais nos iremos esquecer daquele momento quando, próximo da Linha Ferroviária do Corgo, avistamos o Sr. Venâncio, que vindimava as suas uvas.
Ele nem tem quintas. Apenas aquela pequena ramada do quintal.
Ele nem tem quintas. Apenas aquela pequena ramada do quintal.
Ao ver-nos e após uma breve troca de palavras que nos identificamos (dissemos que andávamos a caminhar por estas deslumbrantes terras), com a tesoura cortou cachos e disse-nos:
- Tomem lá pró caminho.
Que momento incrível! Que simpatia e simplicidade!
Obrigada, Sr. Venâncio, pela lição que dá ao egoísmo!
Beijinhos e Saúde. Muitas Felicidades!
Que momento incrível! Que simpatia e simplicidade!
Obrigada, Sr. Venâncio, pela lição que dá ao egoísmo!
Beijinhos e Saúde. Muitas Felicidades!
Quanto ao “Abrem-se as portas no Douro”, oxalá muita gente tenha aderido ao convite e tenham saído das Quintas satisfeitos e maravilhados com estas paisagens inigualáveis.
Continua…
Continua…
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