quarta-feira, 16 de julho de 2008

21-06-2008 PR5 Terras de Bouro (2)

Trilho Águia do Sarilhão – 9 km / circular
Rede de Percursos Pedestres
“Na senda de Miguel Torga”

Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna
Nasceu de uma ideia original de Manuel Azevedo Antunes e cujo projecto esteve a cargo dos arquitectos João e Delmira Rosado Correia e se concretizou graças ao apoio principal do Município de Terras de Bouro e das Gentes de Vilarinho da Furna que doaram o espólio. Esta é, por assim dizer, a Porta de visita obrigatória de Campo do Gerês.
O Museu está dividido por 7 salas de exposição.
No rés-do-chão, nas salas 1 e 2, nos é descrita a formação da Serra do Gerês e suas composições mineral e granítica.
Na sala 3 a importância da água (história da chuva) para esta Serra.
Na sala 4 a história do bosque e na 5 a intervenção humana neste território formado por montanha, seus moldes e exploração dos recursos naturais.

O 1º andar então, é um espectáculo, reservado o espaço das salas 6 e 7 para a história da Geira Romana.
Mas, o que mais nos surpreendeu e emocionou foi, sem duvida, o espaço etnográfico maravilhoso dedicado à extinta Aldeia comunitária de Vilarinho da Furna, hoje submersa na Barragem, onde podemos ver o tear, o quarto, a cozinha, utensílios agrícolas, roupas, calçado, louças, etc…

Nos quadros expostos são visíveis e arrepiantes as descrições sobre o desaparecimento desta Aldeia que se situava entre as Serras Amarela e do Gerês, perto da confluência do Ribeiro das Furnas com o Rio Homem, rodeado de campos agrícolas e hortas.
A construção da Barragem autorizada pelo Governo e inaugurada em 14 de Maio de 1972, submergiu a Aldeia e toda a sua área agrícola, impondo aos habitantes a dispersão para outras localidades, extinguindo-se, assim, um dos últimos núcleos comunitários do nosso País.

Por pouco mais de 20 mil contos (20.741607$00), foi comprada a Aldeia, terrenos agrícolas e florestais, obrigando-se à dispersão todos os vizinhos, a partir de Setembro de 1969 e Outubro de 1970, pelos Concelhos de Terras de Bouro, Vieira do Minho, Amares, Vila Verde ...
Diz o livro: «… Vilarinho da Furna não existe mais; não declinou por abandono dos habitantes, mas porque uma barragem a meteu debaixo da água.
Nem os mortos escaparam e dos vivos ninguém cuidou.

Era uma Aldeia comunitária que vivia numa “nobre pobreza” onde os habitantes se sentiam senhores do que cultivavam e colhiam e geriam em comum os seus interesses colectivos…»
Exemplo de união que se extinguiu e hoje tão difícil de encontrar!
É uma pena!

Suplemento relaxante
Esperem lá, que o programa planeado foi cumprido à risca!

Depois de umas refrescantes bebidas e gelados, dirigimo-nos para o Centro de Actividades de Montanha “Gerês Equidesafios” e todo o Grupo foi passear uma hora de charrete, o "taxi-garranos" do Gerês.

Que maravilha!

Férias
Nas tuas férias ou algum fim-de-semana que tenhas disponível, vem ao Gerês desfrutar destas paisagens luxuriantes, com actividades de desporto e laser.
Para quem gostar, Acampar também é outra ideia maravilhosa.
Se não tiveres Grupo ou Clube, existem organizações que promovem Eventos na Natureza. Sem menosprezo para ninguém, julgo ser o Gabinete de Turismo da Câmara de Terras de Bouro e as Juntas de Freguesia, à priori as Entidades mais competentes e com obrigação social para fornecerem toda a informação que achares necessária sobre a Serra do Gerês e seu Turismo.
De uma coisa estamos certos: podem ter a certeza que para passar um dia assim tão activo e cheio de emoção, não é preciso ser rico. Basta querer fazer algo de diferente para nos divertirmos com aqueles que amamos e gostamos de conviver e termos alguma imaginação para analisar que o que se pode reduzir em despesa aqui já dá para gastar acolá, sem alterar o orçamento para a vida do dia a dia. Assim pensamos e agimos. E gozar um pouco nas férias todo o trabalhador tem direito.

Tenham Todos umas Boas Férias e se possível, gozem alguns dias em contacto intimo com a Natureza que o nosso País oferece!
O teu corpo e o teu coração te agradecerão mais tarde!

Beijinhos da “Caramulinha”

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