Arriba Fóssil de Esposende
Poesia
O Instinto e a Razão
Na noite o Cavaleiro assim falou:
(Choviam astros do seu gládio de oiro)
- Sou o dono de um rútilo tesoiro,
Tal como Salomão jamais sonhou…
É uma sarça ardente o meu castelo,
Do meu império dilatado e forte
É tributário o Amor, vassalo a Morte…
Dos desígnios divinos tenho o selo.
“Olhos leais, o coração virtuoso”
Eis o cativo lema remembrante
Gravado em meu arnês – brasão glorioso.
Com esta minha adaga flamejante
Contudo, mas liberto; e vitorioso
Ferindo mundos, marcho sempre avante!...
Poema de António Carneiro
Na noite o Cavaleiro assim falou:
(Choviam astros do seu gládio de oiro)
- Sou o dono de um rútilo tesoiro,
Tal como Salomão jamais sonhou…
É uma sarça ardente o meu castelo,
Do meu império dilatado e forte
É tributário o Amor, vassalo a Morte…
Dos desígnios divinos tenho o selo.
“Olhos leais, o coração virtuoso”
Eis o cativo lema remembrante
Gravado em meu arnês – brasão glorioso.
Com esta minha adaga flamejante
Contudo, mas liberto; e vitorioso
Ferindo mundos, marcho sempre avante!...
Poema de António Carneiro
O Mar
Ai o Mar
Que nos dilata sonhos
E nos sufoca desejos!
Ai a cinta do Mar
Que detém ímpetos
Ao nosso arrebatamento
E insinua
Horizontes para lá
Do nosso isolamento!
(Convite da viagem apetecida
Que se não faz.)
Ai o cântico estranho
Do Atlântico,
Que se não cala em nós!
Talvez um dia
Inesperado remoinho de águas
Passe borbulhante, envolvente,
Alguma onda mais alta se levante…
Talvez um dia…
- Quem sabe!...
Depois, na senda dos tempos
Continuará a marcha dos séculos
…E outra lenda virá…
Poema de Jorge Barbosa
Ai o Mar
Que nos dilata sonhos
E nos sufoca desejos!
Ai a cinta do Mar
Que detém ímpetos
Ao nosso arrebatamento
E insinua
Horizontes para lá
Do nosso isolamento!
(Convite da viagem apetecida
Que se não faz.)
Ai o cântico estranho
Do Atlântico,
Que se não cala em nós!
Talvez um dia
Inesperado remoinho de águas
Passe borbulhante, envolvente,
Alguma onda mais alta se levante…
Talvez um dia…
- Quem sabe!...
Depois, na senda dos tempos
Continuará a marcha dos séculos
…E outra lenda virá…
Poema de Jorge Barbosa
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