sábado, 1 de agosto de 2009

04-07-2009 Rio Mau e Sebolido/Douro (1)

Caminhos da Moura Morta – 8Km / Circular

Olá Amiguinhos

Viemos hoje percorrer um improvisado e agradável trilho, por típicos caminhos de duas Freguesias das margens do histórico Rio Douro, cheias de vida e de lendas, inseridas no Concelho de Penafiel, do Distrito do Porto.

Iniciamos a caminhada pelas 10.00H, próximo da foz do Rio Mau, ao longo de um bucólico caminho na sua margem direita, denominado “Rua Marginal ao Rio Mau”, tomando a direcção à Freguesia de Sebolido. Este rio que emerge em fio cristalino, lá mais para Norte, no Monte Mosinho, das fragas que ladeiam o Castro da “Cidade Morta”, precipita-se por escarpas em puro riacho. Nestes últimos metros é inundado pelo “místico” Douro que, travado na Barragem de Crestuma, se espraia pelas margens dos seus afluentes. Continuando, surge uma pequena ilha, com barquinhos atracados ao redor. Lá no alto, avista-se a Igreja Paroquial.

Atravessando o Rio Mau pela ponte com tabuleiro de betão armado, fomos calcorreando por um suave ascendente, ziguezagueando pelos caminhos rurais. Depois de passarmos o Fontanário da Rua do Outeiro das Cruzes, o miradouro é um doce postal da Freguesia. Caminha-se agora pela calçada à Portuguesa da Rua do Vieiro com muros da pedra que se extrai na região.

Se à nossa esquerda chama à atenção o Parque Eólico que vai até à Serra da Boneca, o deslumbre, pese embora alguma névoa instalada, é do lado direito, na margem esquerda do Douro, bem lá no alto, o saudoso miradouro contíguo à Ermida do Monte de S. Domingos da Serra. Quantas vezes subimos aquela rude escarpa, começando pelos caminhos das Minas do Pejão, próximo da foz do Rio Arda!
Ainda agora, a magia do “carrilhão” daquela ermida chega aos nossos ouvidos.

Do lado de cá, pela Rua da Cavada, surge lá ao fundo a singela Capelinha do Senhor do Monte, construída em 1808. Já estamos em Sebolido. Seguiram-se momentos de contemplação, de descanso e de fortalecimento energético.
Daqui, vamos descer à Rua Nova e entrar na mata de pinheiros pelo velho caminho em descendente até chegarmos à EN108.
Pela calçada das Portelas, ladeada por esplendorosos campos de milho e ramadas de vinha, iremos dar ao centro da Freguesia. Mas, o Sol queimava agora um pouco mais e a fonte do “Tanque novo” foi um consolo! A Rua de S. Paulo, Orago e protector, leva-nos à Igreja Paroquial.

Depois de passar pelo Cemitério, efectua-se a descida em direcção à margem direita do Rio Douro onde tem lugar a faina da pesca á linha. Dizem que havia por aqui “linguetas” para os barcos poderem atracar quando no Verão o Douro levava pouco caudal. Outrora, antes da construção da Barragem, era possível caminhar bem junto ao Rio, pelo caminho ribeirinho até ao cais de Rio Mau. Hoje, resta talvez cerca de dois quilómetros daqui para montante e poucas centenas de metros para jusante, que não ficaram submersos. Neste bucólico lugar podemos ouvir o Douro e vislumbrar o S. Domingos lá longe, no horizonte.

Há que subir agora o caminho conhecido dos pescadores até á estrada e percorrer 1,5Km ao longo dela até à foz do Rio Mau. Paramos alguns momentos no Largo Américo Soares, contemplando do seu miradouro o Rio, os barcos e as Montanhas.

Terminada a caminhada, que teve a extensão de cerca de 8 Km e foi inspirada numa lenda, dirigimo-nos à churrasqueira da Foz, apetrechando-nos para rumarmos à praia fluvial de Melres, onde passamos uma saborosa e refrescante tarde.

Até à próxima! E Boas Férias para quem vai!

Continua…

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