domingo, 1 de novembro de 2009

09-09-2009 QUINTA DA AVELEDA (2)

Passeios da Caramulinha

Visita aos Jardins e Adegas, com prova de vinhos (A)

O passeio tem início logo ali na “Casa do Porteiro”, onde se adquire os bilhetes, próximo da entrada principal.

Logo um pouco á frente, surge a “Casa Romântica”, rodeada de canteiros e envolta por frondosa vegetação. Imponentes torres, como sequóias da Califórnia, carvalhos, sobreiros e pinheiros mansos ladeiam caminhos e preenchem os espaços de toda a artéria, dando-lhe um carácter único.

Inflectimos para a “Torre das Cabras”, onde alguns exemplares se encontravam a ruminar a palha ingerida. Uma rampa em forma de caracol dá-lhes acesso aos diversos andares.

Continuando e um pouco mais à frente, somos surpreendidos pelo bucolismo do “Lago dos Cisnes”, um dos ex-líbris da propriedade. Ao centro, a “ Janela Manuelina”, ricamente adornada, outrora resgatada da casa do Infante D. Henrique.

Uma singela ponte dá acesso à “Casa de Chá”, onde se pode descansar um pouco, contemplando miraculosamente o lago. Que deslumbre, que Paz e sossego aqui se passam por alguns momentos sem nos movimentarmos.

As cobras, os sapos e tartarugas suspensos do tecto, enfeitiçam uma cena que qualquer um pode imaginar por si. Pormenores de inspiração pessoal!

Lateralmente e um pouco ao fundo, vislumbra-se o portão trazido da Quinta do Ferro.

Daqui saídos, seguimos por um estreito caminho em suave descendente, ladeado por vistosas azáleas e transpomos uma pequena ponte de madeira.

Então, eis que perante os nossos olhos, se nos depara um lugar deveras divinal: a “Fonte de Nossa Senhora da Vandoma”, padroeira do Porto, rodeada de jardins com flores das mais diversas espécies.

Que fascinante poesia este lugar nos transmite!
E com tanto deslumbramento, lembrei-me daquelas palavras de João de Deus:
«É tudo encantador! A gente cansa! Cansa de estar olhando e sempre vendo um novo encanto a cada olhar que lança!»

Aqui nos detivemos por largos momentos, numa Paz arrebatadora.
E a poesia invadia-nos o pensamento:

«Não quero rosas, desde que haja rosas.
Quero-as só quando não as possa haver.
Que hei-de fazer das coisas
Que qualquer mão pode colher?»

Continua...

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