domingo, 15 de novembro de 2009

26-09-2009 PR2 Águeda (1)

Trilho das Levadas
REDE DE PERCURSOS PEDESTRES DE ÁGUEDA

Olá

No passado dia 26 de Setembro estivemos presentes na inauguração oficial do PR2 – Trilho das Levadas, na freguesia de Valongo do Vouga, do concelho de Águeda.

Podemos confirmar no local, pelas palavras da “N’Trilhos” que «…o PR2 “Trilho das Levadas” se desenvolve na freguesia de Valongo do Vouga ao longo de cerca de 7 km na região, percorrendo uma das mais bonitas áreas junto ao Rio Marnel. É ao longo deste rio, afluente do Vouga, que o visitante é surpreendido por habitats que permitem a ocorrência de uma surpreendente variedade biológica (animal e vegetal) e que convida à descoberta durante o Outono, quando o rio ganha cores bucólicas e as cascatas uma nova força.

Nestes locais, uma variedade de répteis e anfíbios encontram as condições de habitat e refugio que permitem a sua ocorrência e conservação. Entre estes exemplares, a Rã-Ibérica é a mais emblemática. O rico património molinológico é outro dos aspectos que enriquece este trilho.»

A Caminhada

A recepção aos Caminheiros deu-se em frente da Junta de Freguesia de Valongo do Vouga, onde se confirmaram as inscrições e cada aderente ao evento levantava num acto de boas vindas, uma garrafa de água, uma peça de fruta e um boné com o logótipo “Percursos Pedestres de Águeda”. Muito obrigada pela vossa simpatia.
No acto da inauguração, os Presidentes da Junta de Freguesia de Valongo do Vouga e da Câmara Municipal de Águeda agradeceram às mais de três centenas de participantes a resposta positiva e o interesse demonstrado cada vez mais pelos Percursos Pedestres no concelho de Águeda, ao longo das suas sete Freguesias.

Saídos da Junta da Freguesia, tomamos o caminho em direcção ao Lugar do Paço pela Rua da Ponte do Rio Marnel. Surge depois o Lugar das Picadas, tomando agora após os campos um desvio à direita para a Rua das Balboas, que nos vai levar a um frondoso bosque de carvalhos negral, o que resta da antiga floresta antes da invasão do eucalipto.
Neste belo lugar, tiveram os mais de trezentos Pedestrianistas que atravessar um profundo ribeiro por uma ponte muito estreita. Julgamos que deveria existir neste lugar uma travessia um pouco mais larga, simples passadiço com corrimões laterais (como o que construíram mais à frente sobre o Rio Marnel, logo a seguir aos Moinhos do Ribeiro) para que se proceda com total segurança.

Fomos dos primeiros a atravessar e logo verificamos como o engarrafamento seria moroso e inevitável. A passagem neste local com bicicletas ou outros meios torna-se perigoso e posteriormente ouvimos comentar que alguns participantes vinham a percorrer o trilho a cavalo e tiveram problemas. Oxalá que não tenha acontecido nada de mal. Fica no entanto aqui o reparo, nomeadamente para o Companheiro Joaquim Gonçalves, responsável pela preparação e marcação do trilho, para que verifique se estas minhas palavras têm ou não fundamento construtivo.

Daqui, envereda-se por um suave ascendente e percorridos mais mil metros, desvia-se por uma descida que entronca num caminho que conduz aos Moinhos do Ribeiro, na margem esquerda do bucólico Rio Marnel, por um trilho ribeirinho deveras fascinante.
O Rio Marnel era descrito em tempos idos como...«campo alagadiço onde só se podia andar de bateira». Hoje verificamos que já não é essa imagem que o seu leito nos oferece, antes pelo contrário, conforme se caminha para jusante, nesta época do ano chega mesmo a secar, como constatamos a partir do lugar da “Garganta”.

Entramos no recinto dos Moinhos e visitando estes verificamos que há muito deixaram de funcionar. Os proprietários pelo menos mantêm os imóveis de pé.
Saímos da propriedade privada e caminhamos pela Levada seca até ao açude e atravessamos junto a este uma pequena ponte de madeira para a margem direita do Marnel, acompanhando agora o rio para jusante.

Ao longo do trilho podemos admirar fantástica e deslumbrante vegetação, como as acácias, loureiros, carvalhos, salgueiros e amieiros. Próximo do curso da água, vistosos fetos, sobressaindo o gigante feto-real e descortinamos entre a vegetação pequeninas rãs. Tanta beleza e riqueza biológica!
Numa passada calma e serena, atingíamos a zona da Garganta, onde teve lugar o almoço oferecido pela Câmara de Águeda.

Continua...

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