domingo, 5 de julho de 2009

26-06-2009 S. Pedro do Sul (1)

PR7 – Rota de S. João de Jerusalém – 12 Km / Circular
Rede de Percursos Pedestres de S. Pedro do Sul



Olá
Após alguns meses, estamos de regresso aos Percursos Pedestres de S. Pedro do Sul, recentemente promovida a Cidade, embora para nós continue a ser aquela “Vila Encantadora” com gentes acolhedoras e simpáticas para com os Turistas/Caminheiros, numa região que nos oferece excelentes condições para a prática do Pedestrianismo.
Aliás, S. Pedro do Sul e Vouzela fazem parte, como o próprio Concelho/Distrito de Viseu, de uma região das que mais incrementam e incentivam à prática do Pedestrianismo em Portugal. Arouca, no Distrito de Aveiro, (para lembrar apenas estas regiões vizinhas) foi um exemplo pioneiro de grandeza na criação de Percursos Pedestres. Bem hajam por tudo quanto têm feito!

A Caminhada

Chegamos, como é aconselhável, logo de manhã pela fresquinha e fomos tomar o pequeno-almoço à “Flor de Lafões”. Que saboroso aquele pão d’avó ainda quentinho com manteiga e café com leite.
Dirigimo-nos, então, para próximo da Junta de Freguesia, onde demos início ao percurso pelas principais artérias da “Nova Cidade” e em descendente tomamos a direcção da Igreja da Misericórdia. Trata-se de um templo de arquitectura barroca, do séc. XVIII.
Um pouco antes de se chegar a este lugar, o folheto do Percurso da “Rota de S. João de Jerusalém” aconselha a flectir para a direita na direcção da antiga Estação do caminho de ferro, embora nós, com o entusiasmo de visitar o templo e alguma distracção, seguimos pelo velho caminho, passando ao Solar dos “Abreus e Melos” e sempre em descendente nos conduziu ao Jardim do Lenteiro do Rio. Ou seja, iniciamos pelo outro sentido do percurso, mas que tem mais subidas para galgar. Para nós foi indiferente e desgastou-se mais algumas calorias.

Chega-se ao Jardim do Lenteiro pela entrada mais a sul, ao longo da Rua dos Moinhos, surgindo uma bucólica levada toda ela calcetada de granito, passando pelo arco dum antigo aqueduto.
Este bucólico jardim, um verdadeiro Parque da Cidade, é duma beleza deslumbrante, não só pela frondosa vegetação que o ensombram, mas porque ali ao lado o Rio Sul entrega as suas águas ao “imponente” Vouga, formando deste modo um quadro natural imaculado. Não deixem de cá vir, mesmo só de passeio.

Combinamos logo ali, após a realização da caminhada, trazermos churrasco e virmos regalarmo-nos para este encantador lugar. Para bebidas e gelados funciona um pequeno bar, que encerra desde Setembro a Maio.
Bem, mas descansar e comer é só no fim e há que prosseguir o trilho sinalizado, deixando o Lenteiro e atravessando o tabuleiro da antiga Ponte seiscentista sobre o Rio Sul, surge logo a Ponte Nova sobre o Rio Vouga, que delimita a região do “Alto Vouga” para o “Médio Vouga”. Virando à esquerda enveredamos por um ascendente algo íngreme na direcção de Arcozelo, um pouco incomodativo por ser pela estrada e com bastante trânsito, até ao alto da Ermida da Santa Eufémia.

Entramos em Arcozelo, que se engalanava para a Romaria do fim de semana, percorrendo as suas típicas ruas.
Do nosso lado esquerdo, num ponto mais alto surge a Capela de S. Paio, padroeiro da Freguesia.
Seguimos pela Rua de S. Paio em direcção de Comenda e mais um curto ascendente até ao alto do Outeiro, para chegar à Rua Central, donde se avista grande parte do Vale, e chega-se ao Largo de Santo António.

Passamos depois junto dos campos de cultivo das imediações do Vale, com predominância para a cultura do milho, alguma batata e vinha. Cerejeiras ladeiam os campos, com o fruto à espera de ser colhido e o chão das vinhas a limpeza das ervas que já começa a ofuscar as castas.
Depois surge o tanque lavadouro, tendo ao lado uma típica Fonte em arco, com a Cruz dos Hospitalários nela gravada.
Agora, a 1 Km de Fermil, chega-se ao Rio Trouce, em cujas margens prolifera uma vegetação exuberante, com predominância para salgueiros, freixos e amieiros.
Depois de atravessarmos este pequeno rio pela Ponte da Comenda, seguimos por um estreito caminho ao longo da sua margem esquerda, caminho esse a necessitar de limpeza pois, fetos e urtigas com mais de 2 metros obrigam a “malhar” com o bordão e a levantar bem os braços ao céu para não sermos picados. Mas as pernas é que pagam!

Depois de “coçados” surge agora uma antiga casa fidalga que também possuía capela.
Mais uns metros e surge-nos, rectilíneo, o agora caminho que foi até 1989 o troço da Linha do Vouga, numa zona tão encantadora, de Sernada para Viseu.
Se para nós é emocionante percorrer estes cerca de dois quilómetros do espaço que foi essa antiga via-férrea e injustamente desactivada, felizes foram aqueles que a percorreram sentados na locomotiva a vapor. Momentos históricos com privilégio essencialmente de antigas gerações!

Continua…

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