Como a erva daninha, o musgo, a hera,
Que ás sonâmbulas pedras dão, piedosas,
Num abraço jucundo, misteriosas,
Lembranças de ternura, ser quisera...
Ser como a água no Estio; como as rosas;
Como a brisa que exalta e refrigera;
Qual trilo de ave; Sol da Primavera;
Ser como as sombras misericordiosas...
Ser como o vinho, o Pão e o Pensamento:
Aroma, hóstia, balsamo, alimento...
E esparso, quando enfim na luz dos Céus,
Ser um acorde na Harmonia imensa,
Como alma errando, estática, suspensa,
Sob a bênção magnânima de Deus!
Poema de António Carneiro
Comemora-se hoje o Dia Nacional da Conservação da Natureza.
Esta data serve essencialmente para alertar que a preservação da Natureza começa por cada um de nós. No caso particular de Portugal, pese embora a parte negativa no que respeita á dizimação de grandes áreas florestais provocadas essencialmente por incêndios e consequente ameaça de extinção de espécies autoctones, somos ainda um País com uma beleza incrível. Para dar um exemplo, basta deslocar-se uma vez que seja ao Gerês e todas as dúvidas são logo dissipadas, tal é o encanto com que se fica.
Que o ser Humano não seja egoísta, mas humilde e proteja tudo o que é vida natural que o rodeia, para que as gerações do amanhã possam também usufruir de toda uma imensidão de recursos naturais que hoje, nós, quiçá desmesuradamente usufruímos e esbanjamos sem pensar no futuro.
Sem humildade, nada se consegue!
Sem comentários:
Enviar um comentário