Olá
Neste Verão, nas tuas merecidas Férias, escolhe um dia belo e na companhia de quem gostas, de quem amas, faz a tua caminhada preferida, aquela que há muito tempo vens adiando, que vens sonhando ser aquele caminho escondido, que mais ninguém conhece…
E então, depois, feliz, guarda como se fora um poema, bem fechado, no teu coração!
Não digas nada!
Não digas nada!
Nem mesmo a verdade.
Há tanta suavidade
Em nada dizer
E tudo se entender.
Tudo metade
De sentir e de ver…
Não digas nada
Deixa esquecer.
Não digas nada!
Nem mesmo a verdade.
Há tanta suavidade
Em nada dizer
E tudo se entender.
Tudo metade
De sentir e de ver…
Não digas nada
Deixa esquecer.
Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem.
Até onde quis
Ser quem me agrada…
Mas ali fui feliz
Não digas mais nada!
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem.
Até onde quis
Ser quem me agrada…
Mas ali fui feliz
Não digas mais nada!
Como o vento da Floresta
Como um vento na Floresta.
Minha emoção não tem fim.
Nada sou, nada me resta.
Não sei quem sou para mim.
E como entre os arvoredos
Há grandes sons de folhagem
Também agito segredos
No fundo da minha imagem.
Há grandes sons de folhagem
Também agito segredos
No fundo da minha imagem.
E o grande ruído do vento
Que as folhas cobrem de som
Despe-me do pensamento:
Sou ninguém, temo ser bom.
Que as folhas cobrem de som
Despe-me do pensamento:
Sou ninguém, temo ser bom.
Eu amo tudo o que foi
Eu amo tudo o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já não me dói,
A antiga e errónea fé.
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria,
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.
O que deixou alegria,
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.
Poemas de
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa
Loucos
Nós somos loucos, não somos?
Desta louca poesia,
Desta riqueza dos pobres
Que se chama “Fantasia”!
Nós somos loucos, não somos?
Desta louca poesia,
Desta riqueza dos pobres
Que se chama “Fantasia”!
Beijinhos
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