sexta-feira, 12 de junho de 2009

30-05-2009 RESENDE (2)

Festival da Cereja e Trilho de Cabrum

Fotos da Caminhada (A)



Por terras do Douro Sul

A Região do Douro-Sul abrange um território com uma área superior a 2.000 Km2 que, como o próprio nome indica, se situa a sul do imponente rio Douro, marcando a zona de transição entre o centro e o norte interior de Portugal.
É constituída, do ponto de vista administrativo, pelos concelhos de Cinfães, Resende, Lamego, Tarouca, Armamar, Moimenta da Beira, Tabuaço, S. João da Pesqueira, Sernancelhe, Penedono e Meda e que corresponde, grosso modo, a uma faixa de território delimitada a norte, pelo rio Douro, a sul, pelos maciços montanhosos do Montemuro e de Leomil, a este, pelo rio Paiva e a oeste, pelo rio Côa, ambos afluentes do Douro.
Região de características vincadamente rurais, surpreende-nos pela grandiosa monumentalidade que possui, em curiosa e singular aliança entre a Natureza e o Homem, forjada em milenária relação, cujos testemunhos históricos ainda hoje podemos apreciar.
Bela, como poucas, cantada por poetas e sabiamente descrita por vultos literários de excepção, não faltam quem a ela se refira, ora pela luminosidade serpenteante do Douro, ora pela dureza agreste da serra, numa cumplicidade dualista, num antagonismo permanente, mas inseparável, que faz com que esta terra seja tão marcadamente diferente.
O Douro-Sul é uma terra de contrastes, e é nesta antinomia que reside, precisamente, a génese da sua identidade, o marco da sua singularidade, a força e o valor das suas gentes.
A cultura da vinha constitui a primordial base do sustento económico da região. O vinho generoso assume aqui o papel fundamental em torno do qual toda a actividade económica se desenvolve, sobretudo na zona norte (ribeirinha ao Douro), salpicada de quintas e casais produtores desta preciosa bebida. Mais a sul, entre os socalcos do Douro e os cumes das serranias, encontramos uma extensa área de produção horto-frutícola variada, que abastece os mercados nacionais, sobretudo os da cidade do Porto, constituindo também uma importante fonte de rendimento local.
Nas zonas mais elevadas, a produção de gado caprino e bovino e uma agricultura de subsistência, que teima em perdurar, retrata uma área geográfica e comunitária ainda muito apegada a sistemas e métodos tradicionais de produção, traduzindo relações sociais e formas de vida cujas raízes são antiquíssimas e se perdem no tempo.

Texto (resumo): Agostinho Ribeiro

Continua…

Sem comentários: