Fotos da Caminhada (B)
Uma paisagem encantadora
A paisagem sul duriense é marcada pela imponência avassaladora que o contraste entre a serra e o vale aqui permite usufruir em toda a sua plenitude.
De alguns pontos estratégicos situados nas serras, se pode apreciar, na sua máxima beleza expressiva, o rio Douro e as encostas que, ora suave, ora abruptamente, a ele vão dar.
O rio Douro é, assim, o ponto fulcral da beleza paisagística da região. Podemos apreciá-lo das elevações propícias, que se encontram um pouco por todos os cumes que o circundam, ou podemos optar por uma aproximação mais íntima com as suas águas e perdermo-nos na beleza estonteante das suas margens, aqui esmagadas pelas escarpas rochosas que sobem quase a pique até ao azul infinito, além espraiadas em socalcos secularmente trabalhados pelo Homem que, dominando a Natureza adversa, consegue plantar vinhedos em inimagináveis e aparentemente inacessíveis lugares.
A paisagem do Douro possui aquela força estranha que resulta de um forte compromisso entre o ser e a terra, que mesmo quando domesticada, parece nunca perder a sua essência bravia e selvagem e que representa, afinal, o profundo respeito que o Homem aqui sempre manteve pela Natureza que o rodeia.
No Douro, todas as estações do ano escondem particularidades de excepção, em grande parte devido ao microclima da região, que permite ousadias naturais praticamente impensáveis noutros locais.
Resende e Penajóia vestem-se de tonalidades rosáceas, nos prenúncios da Primavera, e é a explosão da natureza em festa com as cerejeiras em flor. A serra não lhes fica atrás e mal a Primavera desponta, logo brota a flor da giesta selvagem, engalanando os montes de um colorido tão vivo e apelativo, que nos apaixona e seduz.
Na meia encosta, os pomares floridos emprestam a sua variedade de cor ao enriquecimento deste autêntico mosaico policromático e não há parcela de terra que não contribua para esta vertigem das cores. Até as mais simples e humildes flores do campo parecem fazer questão de participar nesta euforia colectiva.
No Verão parece que a natureza adormece e abate-se sobre a região uma dolência apetecida, só quebrada pelo sussurrar dos riachos e das ribeiras que teimam em fazer passar fios de água cristalina, convidando ao lazer da sombra e à frescura das suas margens. Mais débil, mas nem por isso menos imponente, o rio Douro afirma-se agora como uma dádiva divina, quebrando o peso do calor e propiciando uma visão refrescante em recantos paradisíacos como os de Caldas de Aregos, em Resende, ou de Moledo, nas imediações do Peso da Régua.
O Douro é, assim, terra de muitas paisagens, consoante a estação do ano e o lugar que quisermos escolher. Cada uma com a sua particularidade muito própria, mas todas elas de uma beleza de excepção capaz de satisfazer as mais diversas apetências humanas e os múltiplos interesses e gostos pessoais.
Esta paisagem surpreende pela diversidade e toca-nos pela sua intensidade. Cada curva da estrada é capaz de nos revelar novos matizes, espaços diversos, casarios singulares. A mesma paisagem, vista de ângulos e perspectivas diferentes, convida-nos à permanente admiração pela obra conjunta da Natureza e do Homem, consoante vislumbramos os montes do rio ou observamos os vales dos cumes das serranias.
A paisagem do Douro dificilmente nos deixa indiferentes.
De alguns pontos estratégicos situados nas serras, se pode apreciar, na sua máxima beleza expressiva, o rio Douro e as encostas que, ora suave, ora abruptamente, a ele vão dar.
O rio Douro é, assim, o ponto fulcral da beleza paisagística da região. Podemos apreciá-lo das elevações propícias, que se encontram um pouco por todos os cumes que o circundam, ou podemos optar por uma aproximação mais íntima com as suas águas e perdermo-nos na beleza estonteante das suas margens, aqui esmagadas pelas escarpas rochosas que sobem quase a pique até ao azul infinito, além espraiadas em socalcos secularmente trabalhados pelo Homem que, dominando a Natureza adversa, consegue plantar vinhedos em inimagináveis e aparentemente inacessíveis lugares.
A paisagem do Douro possui aquela força estranha que resulta de um forte compromisso entre o ser e a terra, que mesmo quando domesticada, parece nunca perder a sua essência bravia e selvagem e que representa, afinal, o profundo respeito que o Homem aqui sempre manteve pela Natureza que o rodeia.
No Douro, todas as estações do ano escondem particularidades de excepção, em grande parte devido ao microclima da região, que permite ousadias naturais praticamente impensáveis noutros locais.
Resende e Penajóia vestem-se de tonalidades rosáceas, nos prenúncios da Primavera, e é a explosão da natureza em festa com as cerejeiras em flor. A serra não lhes fica atrás e mal a Primavera desponta, logo brota a flor da giesta selvagem, engalanando os montes de um colorido tão vivo e apelativo, que nos apaixona e seduz.
Na meia encosta, os pomares floridos emprestam a sua variedade de cor ao enriquecimento deste autêntico mosaico policromático e não há parcela de terra que não contribua para esta vertigem das cores. Até as mais simples e humildes flores do campo parecem fazer questão de participar nesta euforia colectiva.
No Verão parece que a natureza adormece e abate-se sobre a região uma dolência apetecida, só quebrada pelo sussurrar dos riachos e das ribeiras que teimam em fazer passar fios de água cristalina, convidando ao lazer da sombra e à frescura das suas margens. Mais débil, mas nem por isso menos imponente, o rio Douro afirma-se agora como uma dádiva divina, quebrando o peso do calor e propiciando uma visão refrescante em recantos paradisíacos como os de Caldas de Aregos, em Resende, ou de Moledo, nas imediações do Peso da Régua.
O Douro é, assim, terra de muitas paisagens, consoante a estação do ano e o lugar que quisermos escolher. Cada uma com a sua particularidade muito própria, mas todas elas de uma beleza de excepção capaz de satisfazer as mais diversas apetências humanas e os múltiplos interesses e gostos pessoais.
Esta paisagem surpreende pela diversidade e toca-nos pela sua intensidade. Cada curva da estrada é capaz de nos revelar novos matizes, espaços diversos, casarios singulares. A mesma paisagem, vista de ângulos e perspectivas diferentes, convida-nos à permanente admiração pela obra conjunta da Natureza e do Homem, consoante vislumbramos os montes do rio ou observamos os vales dos cumes das serranias.
A paisagem do Douro dificilmente nos deixa indiferentes.
Texto (resumo): Agostinho Ribeiro
Continua...
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