Serra d’Arga (Cerquido) – 7,5 km / Circular
A LENDA DA SENHORA DO MINHO
(…) Por volta de 1940, havia dois Religiosos de Ponte de Lima que tinham consigo guardada a imagem da Senhora do Minho, esculpida em pedra.
As gentes do Minho, como sabem, têm em muitos locais desta grande província, Capelas espalhadas por todo o lado, onde cada um vai visitar e louvar todos os anos o seu Santo protector para cada cura, espiritual ou de enfermidade.
Mas os dois párocos – já faleceram! (esclarece) - entendiam que a Nossa Senhora do Minho devia ser venerada por todos os Minhotos.
Então, vinham há muito a estudar um lugar, bem no alto, para que todos a vissem e admirassem. Esse lugar escolhido foi lá encima da Serra, conforme vocês tiveram a oportunidade de vir agora de lá.
Chegaram aqui a Cerquido, estava um dia lindo e carregados com a imagem da Senhora do Minho, começaram a subir a Serra.
Não se sabe porque raios, a Serra começou a “toucar”.
“Toucar”?
–Sim, quer dizer que toda a região ficou envolvida por nevoeiro denso, que nem se via o cimo dos montes e nuvens negras carregadas de chuva cobriram o Céu.
Eles já iam a meio do percurso e a tempestade abateu-se, com relâmpagos e fortes ventos, que os empurrava para trás, não deixando que subissem a Serra.
Na impossibilidade de continuar, viram-se obrigados a regressar, deixando a Senhora do Minho entre umas pedras, coberta com tojos e giestas.
Na manhã seguinte, o tempo amainou e foram procurar o lugar onde haviam deixado a imagem escondida.
- Vocês hoje só viram garranos mas, antigamente, a Serra estava cheia de cabras a pastar.
Ao fim de muito procurar, sem a encontrar, aperceberam-se que os rebanhos se tinham juntado todos num só lugar, a devorar uma erva verdinha, alta e vistosa como nunca se vira na Serra d’Arga.
Era uma erva “santa” ao redor da imagem da Senhora do Minho, que as cabras não deviam ter comido, por ter acontecido o milagre de crescer durante a noite essa esplendorosa verdura nunca vista.
Foram chamados os Pastores, donos do gado, que tiveram que pagar “uma multa” por cada cabeça, por terem deixado as cabras comer dessa erva.
- Coitados! … se já eram pobres, com esta fatalidade mais pobres ficaram.
A imagem, por fim, lá foi colocada naquela capelita primitiva que vocês viram e a partir dessa altura os “milagres” foram-se sucedendo, que o Povo do Minho e de toda aparte não mais deixou, todos os anos no 1º de Julho, de venerar e pedir a seu modo à Senhora do Minho, quando se realiza a grande Romaria. (…)
História contada pelo Sr. Oliveira, de Cerquido
(…) Por volta de 1940, havia dois Religiosos de Ponte de Lima que tinham consigo guardada a imagem da Senhora do Minho, esculpida em pedra.
As gentes do Minho, como sabem, têm em muitos locais desta grande província, Capelas espalhadas por todo o lado, onde cada um vai visitar e louvar todos os anos o seu Santo protector para cada cura, espiritual ou de enfermidade.
Mas os dois párocos – já faleceram! (esclarece) - entendiam que a Nossa Senhora do Minho devia ser venerada por todos os Minhotos.
Então, vinham há muito a estudar um lugar, bem no alto, para que todos a vissem e admirassem. Esse lugar escolhido foi lá encima da Serra, conforme vocês tiveram a oportunidade de vir agora de lá.
Chegaram aqui a Cerquido, estava um dia lindo e carregados com a imagem da Senhora do Minho, começaram a subir a Serra.
Não se sabe porque raios, a Serra começou a “toucar”.
“Toucar”?
–Sim, quer dizer que toda a região ficou envolvida por nevoeiro denso, que nem se via o cimo dos montes e nuvens negras carregadas de chuva cobriram o Céu.
Eles já iam a meio do percurso e a tempestade abateu-se, com relâmpagos e fortes ventos, que os empurrava para trás, não deixando que subissem a Serra.
Na impossibilidade de continuar, viram-se obrigados a regressar, deixando a Senhora do Minho entre umas pedras, coberta com tojos e giestas.
Na manhã seguinte, o tempo amainou e foram procurar o lugar onde haviam deixado a imagem escondida.
- Vocês hoje só viram garranos mas, antigamente, a Serra estava cheia de cabras a pastar.
Ao fim de muito procurar, sem a encontrar, aperceberam-se que os rebanhos se tinham juntado todos num só lugar, a devorar uma erva verdinha, alta e vistosa como nunca se vira na Serra d’Arga.
Era uma erva “santa” ao redor da imagem da Senhora do Minho, que as cabras não deviam ter comido, por ter acontecido o milagre de crescer durante a noite essa esplendorosa verdura nunca vista.
Foram chamados os Pastores, donos do gado, que tiveram que pagar “uma multa” por cada cabeça, por terem deixado as cabras comer dessa erva.
- Coitados! … se já eram pobres, com esta fatalidade mais pobres ficaram.
A imagem, por fim, lá foi colocada naquela capelita primitiva que vocês viram e a partir dessa altura os “milagres” foram-se sucedendo, que o Povo do Minho e de toda aparte não mais deixou, todos os anos no 1º de Julho, de venerar e pedir a seu modo à Senhora do Minho, quando se realiza a grande Romaria. (…)
História contada pelo Sr. Oliveira, de Cerquido
Daqui apelamos: Visitem a Senhora do Minho e façam belas caminhadas pela Serra d’Arga.
Mas, preferencialmente em dias com Sol e tempo sereno, porque, como diziam os antigos e ficamos agora a saber:
«Quando a Serra d’Arga “touca”
Temos chuva e não é pouca!»
Continua…
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